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29 de dezembro de 2026

Um mês depois da morte de Ravi, família ainda busca entender o que aconteceu com bebê


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 29/12/2025 às 17h07
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Uma família de Sarandi acusa a Unidade de Pronto Atendimento da cidade de negligência e erro médico. No dia 24 de novembro, Ravi Lucas, de dois meses, morreu após receber atendimento na unidade. A avó da criança diz que o bebê foi medicado com antibiótico e depois disso começou a passar mal. A médica que atendeu a criança foi alertada que o bebê poderia ser alérgico.

A família de Ravi Lucas vive um luto carregado de indignação. No dia 22 de novembro, a criança deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sarandi com sintomas de febre, fez exames e foi liberada.

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Ravi Lucas, de dois meses de idade, morreu no dia 30 de novembro, em Sarandi | Foto: Arquivo pessoal

No dia 23, apareceu uma íngua no pescoço do bebê, e a família levou Ravi novamente à UPA. A médica de plantão pediu novos exames e o resultado apontou infecção na urina e no sangue. Foi prescrito um antibiótico injetável e depois disso apareceram manchas roxas na criança.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e levou o bebê para a Santa Casa de Maringá, onde Ravi morreu, no começo da manhã do dia 24.

A família de Ravi registrou queixa por erro médico e negligência contra a UPA de Sarandi, porque tanto a avó quanto a mãe da criança teriam alertado os profissionais de saúde que Ravi poderia ser alérgico a medicamentos. O inquérito policial foi aberto e a Prefeitura de Sarandi também abriu uma sindicância interna.

Um mês depois a família segue sem respostas sobre o que aconteceu com a criança. A avó, Graziela Araújo, não consegue esquecer a aflição dos últimos momentos de Ravi.

“No consultório eu avisei, ‘doutora, pode ser que ele tenha alergia, porque o pai dele é alérgico. A doutora falou ‘não, é só um antibiótico’. Foram dar a medicação 2h da manhã, eu estava cochilando, eu não vi. A minha filha avisou, ‘tem que fazer o teste primeiro’. ‘Não, é só um antibiótico’. Aplicou, isso eram umas 2h10 mais ou menos. Às 2h30, ele começou a roxear, começou a inchar, começou a aparecer mancha roxa pelo corpo todo. Aí seguraram ele das 2h até 5h e pouco lá na UPA. Deram uma adrenalina e depois ficaram segurando, segurando, segurando, não aplicaram soro, não aplicaram nada. O pessoal do Samu chegou e disse que ele estava sem acesso. Eu com ele no colo, parado, e eles não faziam nada”, relatou Graziela.

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Foto: Divulgação/CRM-PR

Ravi era filho único e a família informou que a mãe do bebê está com depressão. A família não tem suporte psicológico.

A CBN Maringá entrou em contato com a Prefeitura de Sarandi para saber como está o andamento do processo administrativo. A CBN também entrou em contato com a delegacia de Polícia Civil. As informações sobre o caso só serão repassadas após o recesso de fim de ano.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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