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15 de novembro de 2024

Polícia desconfia que menina de 10 anos foi mantida viva junto do irmão morto, no Paraná


Por Redação GMC Online Publicado 30/08/2022 às 23h33 Atualizado 20/10/2022 às 16h42
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Foto: Reprodução.

Duas crianças foram encontradas mortas no último sábado, dia 27. Os corpos estavam em um apartamento na rua Benjamin Constant no centro de Guarapuava.

A delegada da Polícia Civil, Ana Hass, disse que o caso está praticamente concluído. Ela acredita que a mãe, uma mulher de 30 anos articulou e premeditou a morte das crianças.

“Toda a dinâmica dos fatos leva a crer que não foi um surto, mas sim que ela arquitetou o plano, e todo esse tempo que ela ficou para se entregar, a gente acredita que ela ficou bolando planos e desculpas para tentar se explicar e usar como justificativas.”, explicou a delegada.

De acordo com a polícia, no apartamento o corpo do menino, de três anos, estava um pouco mais perecível do que o corpo da menina de 10 anos, demonstrando que há possibilidade dele ter sido morto antes. Por esse motivo, há a desconfiança de que a menina foi mantida viva enquanto o irmão já estava morto.

Detalhes macabros

A mulher escreveu cartas durante o tempo que ficou com as crianças mortas no apartamento. Segundo a delegada, ela “bolava” desculpas o tempo todo “que seria por causa de dinheiro, que o pai do menino não era presente, que a família não ajudava…” No interrogatório ela falou que ganhava R$ 3 mil e a pensão era paga em dia.

“Esse caso não é nada comum, é bem assombroso, o que nos leva a crer que ela é uma pessoa extremamente fria, até porque ficar com um cadáver de quem quer que seja dentro de um apartamento, até por questão de odor, o apartamento estava sujo, com bastante sangue, ela só limpou a parte que estava habitando. Tudo leva a crer que ela estava levando a vida na normalidade, estava com o sofá cama montado, o banheiro estava sendo utilizado normalmente e ela estava trabalhando de casa.”, disse Ana Hass.

Segundo a delegada, o menino não estudava, mas a menina de 10 anos estudava e a escola percebeu a ausência da criança, entraram em contato com a mãe, e ela sempre justificava dizendo que a filha  estava doente. O motorista da van a acusada não respondia. A família estava no imóvel há apenas cinco meses, o porteiro que percebeu algo estranho sentiu a falta das crianças circulando pelo condomínio. Ele chegou a entrar em contato com a mulher, perguntando se estava tudo bem com as crianças, mas ela sempre dando desculpas, contou a delegada

A mulher chegou a dizer para a polícia que saiu de casa um dia, pegou um ônibus, foi até um rio e tentou se matar, só que como estava muito frio, desistiu e voltou para o apartamento. 

“Analisando o histórico dela, ela altera muito o comportamento, finge comportamentos e a máscara sempre cai, então ela muda muito de lugar. Já passou por várias cidades de Santa Catarina e agora veio para o Paraná. Ela fez duas cartas, uma de oito páginas e uma de três. O pai da menina é falecido, mas ao que tudo parece ela tem rancor do pai do menino.”, fala a delegada.

“No momento em que chegamos no apartamento ela estava sentada, eu dei voz de prisão para ela, falei do crime de ocultação de cadáver, homicídio, e fraude processual, ela não esperava que fosse uma prisão inafiançável. O inquérito policial tem 10 dias para ser concluído, contados da data da prisão. Vamos juntar os laudos, oitivas de testemunhas, juntar documentos, imagens de câmeras de monitoramento, no final será feito o indiciamento, será encaminhado para o MPPR, que vai fazer a denúncia para virar um caso de processo penal”, finaliza a Delegada da Polícia Civil, Ana Hass.

Com informações da Catve.

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