Foi mais um dia de intenso movimento na Delegacia de Estelionato de Maringá. Novas vítimas da empresa Filia, acusada de não cumprir contratos para realização de festas de casamento, compareceram à delegacia para registrar queixa.
A festa de casamento de Patrícia Souza está marcada para março. Ela pagou uma entrada de R$ 8 mil e não consegue mais contato com a empresa. “Meu caso é que eu tinha um contrato fechado com a empresa Filia, que era a festa do nosso casamento, mas não aconteceu ainda, graças a Deus porque é para março, mas a gente perdeu um total de quase R$ 8 mil de entrada e até agora não responde, nem o advogado dela responde”, explica.
A situação da estudante de psicologia Cristiane Garcia é ainda pior. Ela pagou R$ 16 mil no cartão de crédito e no último domingo, 11, teve a certeza que levaria um calote. “Eu tive a clareza quando eles fizeram um post oficial no Instagram deles mas fioqueu desconfiada dias antres poque tentavas marcar reuniao e não me respondia, porque eu nao tinha resposta e começaram a sauir do grupo e comecei achar estranho e nao deram nenhuma satisfação, meu casamento é dia 16 de dezembro e esta tudo pago e nao conseguimos recorrer com o banco”, afirma.
Nesta terça-feira, 13, além de clientes, fornecedores também procuraram a delegacia. Um deles alega prejuízo de R$ 350 mil. O delegado Fernando Garbelini está ouvindo as vítimas e os relatos são muito parecidos. Até o momento foram registrados 120 boletins de ocorrência e o prejuízo estimado passa de R$ 2 milhões.
“Do início da semana para cá, estamos com cerca de 120 boletins de ocorrencia, todos com a mesma narrativa e tipos de serviço semelhantes. Não temos ideia da quantidade de vítimas, a somatoria que temos ultrapassa R$ 2 milhões, mas o ganho financeiro foi alto. O que relatam é que tem grupos de WhatsApp que ultrapassa 200 casos. Ontem, 12, vieram somente clientes e diante da repercursão, os fornecedores hoje, 13, começaram a aparecer”, ressalta.
A reportagem tenta contato com a defesa da empresa Filia Eventos.