‘Achei que ia morrer’: mulher é torturada por três dias e foge após pedir socorro em mercado, em Sarandi
Uma mulher de 37 anos foi mantida em cárcere e torturada por três dias pelo companheiro dentro de casa, na Rua Aclimação, no Jardim Nova Paulista, em Sarandi. O agressor, de 38 anos, foi preso em flagrante nesta quarta-feira, 23, pela Guarda Civil Municipal. A vítima conseguiu fugir e pedir ajuda após uma tentativa de feminicídio.
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Segundo relato da mulher à polícia, as agressões começaram na última segunda-feira. Ao longo dos dias, o homem a enforcou, deu socos e chutes, usou uma faca para ameaçá-la e dormiu com a arma branca ao lado do travesseiro. “Ele me batia, me cortava, me ameaçava. Dormia com a faca do lado. Achei que ia morrer. Foram dias de terror”, relatou, ainda abalada.
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A vítima contou que o companheiro teve uma crise de ciúmes após ela começar a trabalhar fora. Na noite anterior à fuga, ele a enforcou e a ameaçou de morte na frente de uma vizinha que passava pela rua. “Ele disse que ia me matar, gritava muito. Me xingava, me humilhava. O que mais me feriu foram as palavras dele. Nunca imaginei passar por isso.
Na manhã desta quarta-feira, aproveitando um momento de distração do agressor, ela conseguiu abrir o portão da residência e correr até um mercado próximo, onde pediu socorro. Em seguida, foi à delegacia e registrou boletim de ocorrência.
A Guarda Civil Municipal foi acionada para acompanhar a mulher até a residência, onde ela retiraria seus pertences. Ao chegar no local, os agentes encontraram o suspeito ainda dentro da casa. “Já percebemos no semblante dele um olhar de ódio e raiva”, relatou o supervisor da GCM, Ailton Lousano.
Durante buscas no imóvel, os guardas localizaram a faca usada nas ameaças escondida debaixo da pia. O homem foi preso em flagrante e levado à delegacia. Ele negou as acusações, mas o depoimento da vítima e as evidências encontradas reforçaram a gravidade da ocorrência.
A mulher, ainda em estado de choque, afirmou que está sem apoio familiar e teme por sua segurança. Ela e o agressor mantinham um relacionamento há três anos. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil de Sarandi.
