Acusado de matar enteada para que esposa ficasse com guarda do neto é condenado a 21 anos de prisão no Paraná
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A Justiça do Paraná condenou a 21 de prisão em regime fechado Everson Luís Cilian, padrasto acusado de matar a própria enteada para que a esposa ficasse com a guarda do neto. O crime aconteceu em 2007, em Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba (PR).
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Everson foi condenado pelo Tribunal do Júri nesta quarta-feira (5) por homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, meio cruel e meio que impossibilitou a defesa da vítima. O julgamento aconteceu após ser adiado duas vezes.
“Como já se encontrava preso preventivamente desde o ano passado, também depois de ficar muitos anos foragido, o denunciado – agora condenado – seguirá detido para o cumprimento da sentença. Não foi conferido a ele o direito de recorrer em liberdade”, disse a Procuradoria.
A condenação de Everson Luís Cilian ocorre após o crime ganhar repercussão devido à divulgação do caso no programa Linha Direta (TV Globo). A mãe da vítima foi presa em maio no Paraná, após 17 anos foragida.
Ele e a esposa, Tânia Melo Becker de Lorena, teriam matado Andréa Rosa de Lorena estrangulada com um fio, em fevereiro de 2007. O corpo dela foi encontrado pelo próprio marido embaixo de uma cama, no bairro Jardim Menino Deus. À época, Tânia tinha 41 anos e queria ficar com a guarda do neto, um menino de 5 anos.
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Procurada pela Banda B, a Polícia Militar afirmou que localizou a foragida após uma denúncia anônima. Quando chegaram ao endereço, conseguiram encontrar e identificar Tânia, que não resistiu à prisão. Ela estaria trabalhando como faxineira e usava um nome falso: Lourdes. A mulher foi levada para uma unidade prisional de Londrina.
O filho de Andréa, hoje com 22 anos, revelou que teve contato com a avó recentemente. Em conversa com a roteirista do Linha Direta, Nancy Dutra, o jovem afirmou que Tânia mandou mensagens a ele afirmando que o “queria de volta”.
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“Ainda tenho raiva. Não tem como pensar em voltar. Respondi só uma vez. Depois, nunca mais”, diz Lucas, sobre a morte da mãe. Durante a conversa, ele também revelou ter pedido a avó que se entregasse para a polícia.