A Delegacia da Mulher de Campo Mourão atualizou as informações sobre o bebê abandonado em uma obra na cidade, na semana passada. Uma mulher foi investigada como suspeita de ser a mãe da criança. No entanto, a hipótese foi descartada.
De acordo com a delegada Luiza Peres Morais, a mulher sofreu uma gravidez psicológica e a polícia concluiu que ela não é a mãe do Miguel. O bebê segue internado na Santa Casa.
— “Foram coletadas imagens de segurança, foram ouvidas diversas pessoas já no procedimento, a fim de auxiliar o andamento das investigações. Nós recebemos algumas denúncias acerca dos possíveis genitores desse bebê e sendo uma delas de uma mulher que teria ingressado no Hospital Santa Casa, aqui da cidade, na última quarta-feira. Essa mulher estaria grávida e ela não teria dado essa informação ao ingressar no hospital. Entretanto, um tempo após a sua entrada no hospital, a família chegou e perguntou onde estaria esse bebê”, diz a delegada Luiza Peres Morais.
— “Foi a Santa Casa que chamou a Polícia Civil, nós fomos até o local e chamamos inclusive a Polícia Científica para fazer as coletas necessárias para confronto de material genético entre o bebê [abandonado] e essa mulher. Ela todo o tempo afirmava que não havia nenhum tipo de bebê que ela estava gestando. Nós conversamos com ela, ela informou que em fevereiro de 2024 sofreu um aborto, portanto ela estava grávida no final do ano de 2023 e em fevereiro sofreu um aborto. Entretanto ela queria muito ter esse filho e por isso ela acabou passando por uma situação de gravidez psicológica. O corpo dela acabou dando todos os sinais de que ela estava grávida, mas ela não estava gestando nenhum feto.”
— “Após isso a Polícia Científica fez os devidos exames e o material genético está sendo analisado. A mulher todo o tempo negava essa situação de ser a mãe do Miguel abandonado, mas uma situação também chamou a atenção de todos: o nome que ela daria para o filho também era Miguel. Então houve toda essa confusão envolvendo esses dois casos. Foi feita uma análise preliminária do perito de sinais químicos que poderiam dizer se essa mulher teve ou não algum tipo de parto recente e todas as informações que nós coletamos é que não, essa mulher realmente não estava grávida, nem estava grávida agora, só estava grávida lá no início do ano.”
— “Nós continuamos com as investigações, que seguem sendo feitas pela Delegacia da Mulher. A equipe de investigação está todos os dias atrás dessas denúncias que nós temos recebido, nós estamos sempre verificando e todas até agora foram descartadas”, concluiu a delegada.
Veja outras matérias na CBN Maringá.