Carro funerário com maconha apreendido em Assis tinha se envolvido em acidente com morte em Cianorte

No último dia 12 uma notícia chamou a atenção: um caixão com maconha foi apreendido pela polícia em Assis, no interior de São Paulo. O caixão estava dentro de um carro funerário transportado num caminhão-guincho.
O motorista disse acreditar que havia um cadáver no caixão e que o carro funerário seria levado de Londrina para Limeira, também no interior de São Paulo. O que se descobriu depois é que o mesmo carro funerário se envolveu num acidente, no dia anterior, em Cianorte.
E neste acidente um motociclista morreu. A vítima foi socorrida com vida e morreu depois no hospital.
Segundo o comandante da 4ª Cia de Polícia Rodoviária de Maringá, Hericson Cruz, os policiais rodoviários que atenderam a ocorrência liberaram o carro funerário após as medidas de praxe, como o teste do bafômetro. Se houvesse morte no local, o carro teria que ser apreendido.
“Foi feito o devido registro, após o previsto. A questão do acidente, foi realizado o teste do bafômetro no condutor, o qual ele realizou normalmente, não teve nenhuma alteração. Considetando que […] [o motociclista] foi encaminhado apenas ferido, era a informação que a equipe tinha, na sequência verificou-se que ele estava em estado grave, a equipe fez até contato com a Polícia Civil da cidade de Cianorte, relatando a situação […]. A Polícia Civil, diante do fato, repassou que não precisaria da apreensão do veículo considerando que não havia nenhum óbito”, explica Cruz.
“Os policiais verificaram a documentação do veículo Santana Quantum, que era caracterizado como funerária, verificaram que a documentação estava pendente, na questão do licenseamento. Conforme previsto pelo Código de Trânsito, é permitido, caso seja sanado no local da abordagem ou da constatação, é permitida a liberação do veículo […], o que foi feito pelo condutor”, acresenta o comandante.
Mesmo assim, após a apreensão do veículo em Assis, a PRE abriu um procedimento administrativo para apurar melhor o atendimento ao acidente em Cianorte.
“Os policiais já foram ouvidos […], alegaram que não fizeram nenhuma revista no interior, até porque o protocolo não prevê a obrigatoriedade de fazer uma revista. Diante desses fatos e o que ocorreu no dia seguinte dessa apreensão com a maconha, a Polícia Rodoviária já determinou a instauração do procedimento administrativo e, nesse procedimento, fará as devidas apurações e detalhamento de todas as circunstâncias desses fatos para verificar se houve alguma conduta errada por parte dos policiais referente a esse contexto”, afirma Cruz.
A Polícia Civil também abriu um inquérito para apurar o caso.
