Caso Isis: Justiça começa audiências sobre desaparecimento de adolescente grávida no Paraná
A Justiça do Paraná começa a ouvir, nesta segunda-feira, 21, as testemunhas relacionadas ao desaparecimento da adolescente Isis Victoria Mizerski, de 17 anos. A jovem, que estava grávida, sumiu no início de junho em Tibagi, na região dos Campos Gerais do estado. O vigilante Marcos Vagner de Souza, de 35 anos, é réu sob a acusação de ter matado e escondido o corpo da jovem.
Depois de quase cinco meses de buscas, o corpo de Isis ainda não foi encontrado. Marcos nega envolvimento no desaparecimento. Apesar disso, ele responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto.
Hoje, a partir das 13h, começam as audiências de instrução e julgamento do caso. Até a próxima sexta-feira, 25, serão ouvidas 18 testemunhas para produzir as chamadas “provas orais”.
Ao todo, são 16 testemunhas de acusação e duas de defesa. Depois de todas as oitivas serem colhidas, será a vez de Marcos falar na tarde de sexta-feira.
Após os depoimentos, defesa e acusação terão espaço para apresentar as alegações.
Por fim, o juiz responsável pelo caso decide se o vigilante irá, ou não, a júri popular.
Caso Isis
Isis Victoria Mizerski, de 17 anos, desapareceu no dia 6 de junho, uma quinta-feira, após contar para a irmã e uma prima que iria se encontrar com Marcos para resolver questões sobre uma gravidez. A adolescente havia descoberto há pouco tempo a gestação.
Casado e pai de três filhos, o suspeito vivia um relacionamento extraconjugal com a garota.
Antes de sumir, Isis enviou para a família com a localização pelo celular. A polícia informou que essa mensagem foi apagada logo depois e que na sequência o aparelho foi desligado.
Inicialmente, Marcos negou ter encontrado Isis. Depois mudou a versão, porque câmeras de segurança da cidade mostraram ele e a jovem juntos.
Com a quebra de sigilo telemático, foi possível verificar que o celular de Isis emitiu sinal pela última vez em Telêmaco Borba, próximo a uma estrada chamada Mandaçaia. De acordo com a polícia, Marcos esteve nessa região de mata duas vezes depois do sumiço da adolescente.
