Delegado dá detalhes de megaoperação que prendeu ao menos 15 pessoas em Maringá e Marialva

Cerca de 150 policiais civis do Paraná, São Paulo e Minas Gerais participaram, na manhã desta quarta-feira, 26, de uma megaoperação contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
Nos três estados, mais de 30 pessoas foram presas, 41 contas foram bloqueadas e 20 mandados de busca foram cumpridos. Segundo o delegado da Polícia Civil, Leandro Roque Munin, chefe da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), que comanda a operação na região, só em Maringá e em Marialva, ao menos 15 pessoas foram presas.
“A maior parte dos alvos estava em Marialva, mas aqui em Maringá tínhamos um alvo bem importante: uma mulher, já idosa, com problema de saúde, que mora em uma casa muito simples. No entanto, na conta dessa mulher passaram milhões de reais. Agora, o que queremos saber é se ela efetivamente usava essa conta ou a cedia para terceiros”, diz.
Além desta mulher, a Polícia identificou várias outras pessoas que supostamente agiam como laranjas, inclusive empresas. Uma delas chegou a movimentar bilhões de reais, segundo o delegado.
As investigações que resultaram na megaoperação começaram há cerca de três anos, a partir do monitoramento de um suspeito de Marialva, apontado como um dos principais distribuidores de drogas nas cidades de Marialva, Maringá, Paiçandu e Sarandi.
“Esse indivíduo, que é suspeito de ser o chefe da organização, foi preso no ano passado, numa ação integrada de diversas forças de segurança. Ele foi preso em Mundo Novo (MS) e hoje está detido em Campo Grande (MS). Só em uma das contas identificadas nos últimos cinco anos, ele movimentou mais de R$ 10 milhões”, diz.
Durante a operação, o objetivo da Polícia foi desarticular a estrutura financeira do grupo criminoso e apreender bens adquiridos com recursos ilícitos. “Tirando o dinheiro das organizações criminosas, nós descapitalizamos esses grupos, que ficam sem dinheiro para comprar mais drogas e movimentar a atividade ilícita. Então, hoje, nós trabalhamos com a repressão ao tráfico e, paralelamente, com as ações de lavagem de dinheiro, além, é claro, de punir essas pessoas, fazendo com que elas respondam por seus crimes”, diz.