A Denarc, Divisão Estadual de Narcóticos da Polícia Civil, apreendeu 14,5 toneladas de drogas em 2022. A atuação é no combate direto ao crime organizado e ao tráfico de drogas.
São meses ou anos de investigações para a deflagração de operações que buscam prender traficantes, apreender carregamentos de entorpecentes, imóveis e bloquear os recursos dos criminosos. O delegado da Denarc de Maringá, Leandro Roque, explica que os policiais da Denarc precisam ter características técnicas diferentes.
“A seleção é diferente. O policial que vai para a Denarc é um policial, como a gente fala, que tem que ser misto. Ele tem que ser um bom analista, analista de dados, analista de informações, analista de internet, analista financeiro e ele tem que ser um bom operacional. Um cara que chega e executa as prisões. Isso é muito difícil de você conseguir. Então a gente não consegue substituir neomentais tão rápido assim”, disse o delegado da Denarc.
O combate ao tráfico é uma reação em cadeia no combate a outros crimes, como roubo de veículos e homicídios.
“A gente acaba tendo reflexo em outros crimes, em roubo de veículos… principalmente nos homicídios. A gente, principalmente nessas operações que a gente fez, a gente buscava ter redução de homicídios. Em Astorga, por exemplo, a gente fez uma operação em conjunto com o delegado. Astorga que é uma cidade muito pacata, que não havia homicídios, e nesse ano tiveram 3 homicídios relacionados ao tráfico de drogas e as pessoas que nós prendemos nas operações de combate ao tráfico são todas suspeitas de envolvimento nesses homicídios”, disse Roque.
“A gente estimou em tudo que nós apreendemos em caminhão, em aviões, em quantidade de drogas… passa de 40 milhões de prejuízo do crime organizado. Só uma aeronave, por exemplo, custava quase 1 milhão de reais. Mas a gente prendeu diversas carretas, veículos de luxo. Na última operação que a gente fez em porto rico foram apreendidos um carro de luxo de 200 mil reais, foram bloqueados 130 mil reais numa conta, foi bloqueada uma casa de meio milhão. Então só de um traficante a gente bloqueou mais de um milhão de reais. E esse dinheiro depois, com o final do processo, vai ter o perdimento e esse dinheiro vai voltar para o estado. Fazemos um trabalho hoje para que um criminoso não só seja preso, mas que não fiquem com o lucro do crime, que isso não os incentive a continuar”, complementou o delegado.
Em 2022, a Denarc de Maringá superou os números de apreensões do ano anterior. Foram apreendidas 14,5 toneladas de drogas, enquanto em 2021 foram 8,5 toneladas. Foram 102 pessoas presas, várias organizações criminosas desarticuladas e quase uma grande operação por mês.
“A gente fica muito feliz pelos resultados, foi um ano de muito trabalho, mas também de resultados muito importantes. Uma chegou a ter 30 mandados de busca, a penúltima que a gente fez em Maringá. Mas a maioria, todas com 10 ou mais mandados. A gente fez operações em Astorga, Marialva, Sarandi, fizemos operações até em chambre esse ano, porque a área de atuação da Denarc é bem grande. Então esse ano a gente teve uma evolução muito grande na parte de investigação financeira”, explica Leandro Roque.
O Núcleo de Operações com Cães da Denarc vai ganhar um novo cão para auxiliar o Chris.
“Agora, a gente vai receber mais um cachorro, vamos ter dois. A gente, também, está tentando trazer mais um policial para o canil, para conseguir atender uma demanda maior”, finaliza o delegado da Denarc de Maringá, Leandro Roque.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.