Dono de revenda de carros fechada pela polícia em Maringá diz ser vítima em esquema de golpes


Por Jota Júnior

Uma ação desnecessária e desproporcional. Essa é a interpretação do advogado, Bruno Brandão, que representa revenda de carros que foi uma das duas lojas lacradas em uma operação da polícia, nesta quinta-feira, 18, em Maringá.

A empresa é alvo de uma investigação pela Subdivisão da Polícia Civil de Arapongas em torno de um empresário de Astorga, preso no início do mês, suspeito de ter aplicado golpes milionários em um esquema de pirâmide. Uma das práticas desse empresário seria usar cheques para comprar veículos de luxo de outras pessoas. Os automóveis, então, segundo a polícia, eram repassados a algumas revendas. No entanto, os cheques não eram compensados, deixando os proprietários no prejuízo.

“Todos os veículos adquiridos pelo loja do meu meu cliente foram por meios de contratos, com pagamentos feitos e documentos transferidos”, disse Brandão.

O advogado afirma que a revenda de carros maringaense também foi vítima e não comparsa no esquema. “A empresa, inclusive, move um processo e uma queixa crime contra esse cidadão preso pelos golpes”.

A reportagem apurou que o empresário preso em Astorga, suspeito de aplicar os golpes, tem denúncias registradas nas delegacias de Sarandi, Maringá, Arapongas, além de Astorga, cidade com o maior número de vítimas.

A operação realizada nesta quinta-feira, 18, em Maringá, apreendeu 9 veículos e lacrou duas lojas de compra e venda de carros. Além disso, foram bloqueadas três contas bancárias com valores que podem chegar a R$ 5 milhões.

O advogado explicou que uma liminar já foi protocolada para a retomada das atividades da empresa. “Assim que a polícia chegou na loja, nós fomos para Arapongas, conversamos com o delegado e o juiz da cidade, nos colocando à disposição. Nosso cliente é idôneo. A lojas existe há 13 anos e nunca recebeu um processo.”

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