O júri popular que está sendo realizado no Fórum Estadual em Maringá coloca mais uma vez Roneys Fon Firmino Gomes, o maníaco da torre, no banco dos réus.
É o sexto e último julgamento de Roneys, que ficou conhecido como o serial killer de Maringá. Roneys já foi condenado em cinco júris e as penas somadas passam de 100 anos de prisão.
O julgamento desta terça-feira é pela morte de Ariele Natália da Silva, de 24 anos. Segundo a investigação, Ariele foi morta em fevereiro de 2015 e o corpo encontrado em março do mesmo ano.
O promotor de Justiça, Júlio César Silva, diz que há provas de que Ariele foi uma das vítimas de Roneys. “Nós temos evidências, além da confissão do Roneys, nós temos reconstituição do crime, os pertences da vítima que foram encontrados, detalhes de execução característicos do Roneys…enfim, são elementos que formam um todo de conjunto probatório, a confissão dele na fase policial acompanhada de advogado foi muito rica em detalhes, o que nos leva a crer que somente quem estivesse lá, quem cometeu o crime, poderia levar a polícia, passar no bar onde eles passaram, fazer a trajetória do caminho e levar a polícia exatamente no local aonde o corpo foi encontrado. Então o Roneys conhecia aquela área rural, ele levava as vítimas para aquele local, então a gente acredita que todos esses elementos são suficientes para pedir a condenação dele”, diz.
Mas para a defesa não há prova nenhuma. Ariele teria sido morta por um morador de Sarandi, investigado em outro inquérito. É o que diz a advogada Josiane Monteiro. “Nós vamos pedir a absolvição do Roneys por falta de materialidade. Desde o início, o delegado de polícia e os promotores de justiça afirmavam que havia a qualificadora da asfixia, no entanto depois por incrível que pareça eles tiraram a asfixia. Traziam a informação de que havia uma assinatura criminal, quando chegou na pronúncia já não havia mais uma assinatura criminal. O perito médico legista, quando foi analisar o corpo, o cadáver que foi encontrado, disse que esse cadáver morreu por arma branca. Os promotores mesmo assim continuavam afirmando que havia morrido por asfixia. Então com base nessas contradições e só para entender um pouco mais o inquérito que trata do homicídio da possível Ariele já tinha quase que finalizado, havia um autor, uma pessoa de Sarandi que seria o autor desse homicídio. Quando chegou no momento que o Roneys foi preso, apagou-se toda aquela instrução, toda aquela investigação quw o delegado de polícia, doutor Diego, tinha feito, daí sim colocaram o Roneys com base em uma confissão que ele teria feito. Nessa confissão que os promotores de justiça afirmam…nessa confissão o Roneys disse que matou por esganadura, segundo eles, e o laudo diz que essa pessoa morreu por arma branca. Então com base em todas essas contradições que nós pediremos a absolvição”, diz.
A mãe de Ariele acompanha o júri. Maria Aparecida Bandeira espera por justiça. “A gente é pobre, não tem dinheiro, então a gente tem que ficar por baixo. Não. Deus é maior. Eu sou da renovação carismática católica e confio no que Deus me mostrou, no que Deus me revelou, e eu espero nele. A justiça melhor é a de Deus, essa sim que não falha, porque nós às vezes não temos lei aqui nessa terra, porque a gente não tem dinheiro, a gente é pobre. Eu acredito no que Deus me mostrou, no que Deus me revela, que ele não vai sair mais de lá, ele não vai viver solto mais aqui fora nessa Terra”.
O julgamento deve durar o dia todo.
Ouça a matéria completa na CBN Maringá.