Das quatro prisões efetuadas, três foram em Maringá. A outra foi na cidade de Adolfo, no interior de São Paulo. Segundo as investigações, cada um dos envolvidos nos roubos de caminhonetes de luxo tinha uma função diferente, como detalha o delegado Luiz Henrique Vicentini.
“Dos quatro presos que nós tivemos nessa operação, a investigação apontou que um deles, preso no estado de São Paulo, era o responsável e seria o motorista do grupo. Depois das caminhonetas já subtraídas e feitas as readequações, ele as levaria para a região de fronteira, onde elas eram negociadas, principalmente com o Paraguai. Outros dois presos, aqui de Maringá, trabalhavam na parte de resfriamento do veículo. Isso quer dizer que, depois de subtraídos, esses automóveis eram guardados em locais aleatórios escolhidos por essa dupla, e ali permaneciam por algum tempo para que pudesse ser verificado algum rastreador, algo que pudesse denunciar a localização do bem. Também eram feitos reparos, de responsabilidade da quarta pessoa presa, um empresário aqui de Maringá. Essas eram as funções que os presos desempenhavam dentro da organização criminosa”, explicou o delegado.
O empresário preso atuava no ramo de segurança automotiva e chaves em geral. Antes de seguirem para a fronteira, as caminhonetes ficavam escondidas em estacionamentos particulares ou chácaras de lazer. Depois, eram vendidas no Paraguai e, muitas vezes, utilizadas no tráfico de drogas. A quadrilha agia há cerca de um ano e meio e pelo menos 18 caminhonetes tiveram este destino, algumas furtadas em Maringá, outras em São Paulo e Minas Gerais. As investigações começaram em 2021 e, ao todo, 17 pessoas já foram presas e 12 caminhonetes recuperadas em ações da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal. A apuração continua para identificar outros envolvidos e elucidar outros furtos ainda pendentes.
“Nós temos vários outras investigações em andamento também que buscam identificar mais pessoas. Nós sabemos que existem outros envolvidos e queremos estabelecer agora se eles tem conexão com esse grupo ou se é um outro grupo que também participa desse tipo de delito. Então é provável que, com os elementos que nós temos agora, possamos desencadear novas operações futuramente”, afirmou o delegado Vicentini.
O delegado reforça orientações de segurança para os donos desse tipo de veículo.
“A gente orienta os proprietários para que tomem cuidado ou que possam colocar dispositivos que impeçam e dificultem esse tipo de trabalho, Um rastreador, um bloqueio a mais para sempre manter o veículo segurado, para que não tenha o ‘desabor’ de ter um veículo de elevado valor furtado e acabar tendo um prejuízo muito grande’, concluiu o delegado da operação.
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