Policiais civis cumpriram mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira, 7, na Operação Touro Negro. Os alvos são endereços de dois empresários de Maringá. Os investigados montavam lojas na internet, vendiam e não entregavam os produtos. O nome dos envolvidos e os nomes das empresas não foram divulgados pela polícia. A operação está em andamento.
Um dos empresários foi preso em flagrante por porte de arma de fogo. Ele pagou uma fiança de R$ 10 mil e foi liberado.
Segundo o delegado de estelionato Fernando Garbelini, essa investigação foi iniciada no ano de 2020, na cidade de Osasco (SP), diante de uma denúncia de que teriam criado um site falso, um e-commerce, para a venda de eletrônicos, e que essa empresa teria lesado milhares de pessoas, não teriam entregado esses produtos. “E foi identificado que as contas bancárias eram da cidade de Maringá. Com isso, foi remetido para cá (Maringá), e aí nós fizemos ao longo desses anos essa investigação e conseguimos identificar o destino que foi dado a esse ganho financeiro, que foi superior a R$ 20 milhões de reais”, explica.
Segundo o delegado, essa organização criminosa criou várias empresas em Maringá, vários restaurantes, que estavam no nome deles, além de lotéricas, e essas empresas eram utilizadas para lavar o dinheiro. “Os valores obtidos por meio ilícito eram transferidos para essas empresas, incorporados ao patrimônio, e voltavam para o mercado como de origem aparentemente lícita”, diz.
Conforme o delegado,a investigação referente aos R$ 20 milhões diz respeito a um site, sendo que essa empresa estaria sediada na cidade de São Paulo. “Só que ao longo da investigação nós descobrimos que a pessoa, que tem um nome, que teoricamente seria proprietário, é uma pessoa daqui de Maringá, mas é uma laranja, é uma pessoa que não tem patrimônio, não tem bens. Foram cumpridos oito mandados judiciais, incluindo busca e apreensão residencial. Foram três buscas residenciais, e mandados de busca e apreensão de veículos, onde seis veículos de luxo, pertencentes a esses empresários foram apreendidos”, explica.
De acordo com o delegado, as investigações continuam, para descobrir o destino do dinheiro e recuperá-lo. “Até porque existem milhares de vítimas no país que aguardam recuperar o dinheiro”, diz.
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