Uma bomba com uma carta supostamente assinada pelo PCB (Partido Comunista do Brasil) explodiu na manhã deste domingo de eleição municipal, 27, na feira da avenida São Paulo, no centro de Londrina. Ninguém ficou ferido.
De acordo com feirantes que trabalhavam no local no horário do estrondo, um homem deixou a caixa e fugiu. Uma idosa que também presenciou a situação relatou que leu a carta e estava escrito para não votar.
Um dos trechos da carta supostamente assinada pelo partido dizia que “votar é dar o aval a toda a podridão repugnante que é a política oficial”. O texto também citava que “a farsa eleitoral é esse teatro em que vários candidatos servos do latifúndio, da burguesia e do imperialismo que encenam a cada dois anos, em que parecem ser amigos mortais um dos outros, mas que quando são eleitos atuam da mesma forma”.
O grupo que assina a carta defende uma revolução democrática e socialista e instiga uma “mobilização das massas em torno de um programa revolucionário”. A ação deste domingo, segundo o material coletado, foi feita com a intenção de “boicotar esse show de horrores”.
Na carta, o grupo deixou claro que não faz parte da ala “corrupta e burguesa da esquerda como PT, PCdoB e PSB” e nem do “centrismo oportunista da esquerda legal de oposição, como PSTU, PSOL, PC Brasileiro, PCBR e UP”.
O PCBR, Organismo do Movimento em Defesa da Reconstrução Revolucionária do Partido Comunista em Londrina, respondeu pelo Instagram que desconhece a carta e sua autoria. “Somos outro partido.”
A reportagem conseguiu contato com um dos integrantes do PCB. O grupo não assumiu a autoria da ação e disse que pode ter ocorrido uma confusão por causa de outros partidos com nomes parecidos. O integrante também explicou que não há motivos para a ação em Londrina, visto que o PCB não tem células no município há meses.
Com informações da Catve.