14 de julho de 2025

Gaeco fecha autoescola clandestina e prende médico em Sarandi


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 26/06/2025 às 14h32
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou e fechou um Centro de Formação de Condutores (CFC) clandestino em Sarandi, e um médico foi preso em flagrante por posse ilegal de armas de fogo. A ação foi realizada na manhã desta quinta-feira, 26, durante a Operação Visão.

O objetivo é apurar a suposta prática dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva, em um esquema de fraudes sistêmicas relacionadas à obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Paraná. Ao todo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, quatro de monitoração eletrônica e 14 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de afastamento de funções públicas e um de suspensão das atividades econômicas de uma clínica, no âmbito da Operação Visão.

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Foto: MP-PR

Quatro servidores públicos da Ciretran foram afastados de suas funções e uma clínica médica foi fechada.

Expedidas pela 1ª Vara Criminal de Sarandi, pela Vara Criminal de Santa Fé e pela Vara Criminal de Engenheiro Beltrão, as medidas judiciais foram cumpridas em três investigações distintas e concomitantes, em endereços relacionados aos investigados nas cidades de Sarandi, Maringá, Santa Fé, Centenário do Sul, Lupionópolis, Engenheiro Beltrão, Peabiru e São Jorge do Ivaí. A ação contou com o apoio do Detran-PR.

As investigações começaram entre setembro de 2024 e o início de 2025, após denúncias de irregularidades em exames teóricos e médicos feitos nas Ciretrans de Sarandi e Engenheiro Beltrão, e em uma clínica em Centenário do Sul. Foram obtidas evidências da atuação conjunta de servidores públicos — entre eles, um médico —, particulares e empresas que atuam na área de trânsito.

Um dos investigados, preso preventivamente nesta manhã, já foi condenado quatro vezes por crimes envolvendo o Detran. Outro investigado, também preso hoje, é réu em três ações penais pelos mesmos tipos de crime.

O nome da operação faz alusão a motoristas com problemas de visão que eram reprovados nos exames, mas acabavam sendo aprovados por médicos da clínica investigada, garantindo assim a renovação da CNH de forma ilegal.

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