‘Golpista do Tinder’ ataca em Maringá e professora perde R$ 25 mil
“O golpe tá aí, cai quem quer”. Nunca essa frase foi tantas vezes repetidas. E ela está sendo impulsionada, principalmente, pela história de Simon Leviev, um israelense bonito, inteligente, mas criminoso, que dominou as redes socias depois do documentário “O Golpista do Tinder”, da Netflix, onde ele aparece como personagem principal. Leviev foi preso depois de enganar dezenas de mulheres usando o Tinder, um aplicativo de encontros, e tomar delas mais de US$ 10 milhões de dólares (o equivalente a mais de R$ 50 milhões pela cotação atual). No entanto, o golpe não é exclusividade de Leviev. Segundo as autoridades, outro golpista do Tinder também agiu em Maringá.
O caso foi registrado na Delegacia de Estelionato. A vítima é uma professora, de 42 anos, que encontrou o que parecia ser o amor da vida dela no aplicativo de namoro. O homem bonito e inteligente se apresentava com um engenheiro renomado e rico.
Depois de um mês de conversa, os dois decidiram se encontrar e passaram um fim de semana inteiro na casa da professora em Maringá. Encantada com o charme e a gentileza do engenheiro, ela resolveu o presentear com uma viagem para a praia. Pegaram o carro no dia seguinte e foram para Santa Catarina.
O golpe estava funcionando como ele esperava, e durante a viagem o homem começou a pedir dinheiro para a filha que estaria doente. A mulher, sensibilizada, atendeu o pedido e fez várias transferências via Pix para ele. Segundo delegado responsável pelo caso, Fernando Garbelini, o golpista era muito convincente.
“Para convencer, ele mostrava foto de tudo, viagens, da filha dele, inclusive mostrou vídeos dele com a filha para a vítima dizendo que estava super feliz com ela”, afirmou.
Depois de uma semana, o casal retornou para Maringá. Ela começou a perceber que ele tinha ficado diferente, com um semblante mais fechado. Assim que tiraram as coisas do bagageiro, o homem pediu o carro da professora emprestado para ir ao banco, e para a surpresa dela, simplesmente desapareceu.
“Ele abandonou o veículo em um hotel em Foz do Iguaçu. Nós conseguimos localizar o carro, e já temos foto dele e o nome verdadeiro. Detalhe, ele usava um nome de um homem que realmente existe e que mora em Michigan, nos Estados Unidos, queremos prendê-lo em breve”, disse o delegado.
A mulher procurou a polícia e contou tudo que tinha acontecido. O prejuízo estimado entre transferências e despesas foi de R$ 25 mil. As investigações apontam ele que pode estar agindo há muito tempo e ter feito outras vítimas, usando as mesmas artimanhas. O delegado ainda faz um alerta para que um Match não vire um pesadelo.
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“O importante é fazer consultas na Internet, verificar se aquela pessoa realmente existe, ver as conexões, os amigos que possui nas redes socias, ver se pessoa trabalha onde realmente diz que trabalha. Sobre o primeiro encontro, evitar de receber a pessoa logo de cara em casa e conhecer primeiro em um local público. O que aconteceu com essa vítima poderia ser ainda muito pior, ela colocou o golpista na casa dela, alguém que nunca viu e que poderia ter feito coisas horríveis com ela”, alerta Garbelini
