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01 de julho de 2024

Grupo que aplicava golpe com a venda de terrenos tinha ‘representantes’ em Maringá, Marialva e Mandaguari, diz delegado


Por Monique Manganaro Publicado 14/07/2022 às 15h07 Atualizado 20/10/2022 às 12h50
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Foto: Ilustrativa/Arquivo/AEN

Moradores de Maringá e Marialva são investigados por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que aplicava golpes na venda de terrenos em estradas rurais da região. O grupo, conforme apurou a Polícia Civil, era chefiado por um morador de Mandaguari. 

Os policiais deflagraram nesta quinta-feira, 14, uma operação para cumprir mandados judiciais contra os suspeitos. Foram quatro mandados de busca e apreensão cumpridos em Maringá, Marialva e Mandaguari. Uma imobiliária de Maringá foi alvo de buscas. 

De acordo com o delegado de Marialva, Aldair Oliveira, a denúncia que levantou a suspeita sobre a aplicação do golpe na região foi feita por uma pessoa que procurou a delegacia apresentando um contrato de compra e venda. O documento chamou a atenção dos policiais por estar mal redigido e com poucas informações. “Era um contrato de compra e venda do verdadeiro proprietário, em tese, para o estelionatário. Como o contrato era muito precário, nós começamos a investigar e, à medida que fomos colhendo informações, outras vítimas foram chegando”, disse o delegado. 

Segundo as informações apuradas pela Polícia Civil, os estelionatários forjaram um contrato de compra e venda envolvendo os verdadeiros proprietários de dois terrenos e, com este documento, apresentavam-se como os novos donos dos lotes em questão. Assim, eles conseguiam fazer as vendas para as vítimas. 

“São dois terrenos: um na Estrada Caraná [em Marialva] e outro na Estrada Sarandi. As informações que nós temos é que um mesmo terreno foi vendido mais de nove vezes para pessoas distintas. Eles vendiam esse terreno por diferentes valores, teve vítima que desembolsou até R$ 200 mil para comprar esse terreno”, afirmou Oliveira. 

Durante a investigação, a polícia conseguiu identificar o suspeito de liderar o grupo, um morador de Mandaguari. No entanto, a suspeita é que ele tenha ajuda de moradores de Maringá e Marialva. “Nós suspeitamos que há ainda mais vítimas e não descartamos a possibilidade de que outras pessoas também estejam envolvidas”, acrescentou o delegado. 

Para cometer o crime, os suspeitos anunciavam os terrenos na internet. Eles também falsificavam firmas e reconhecimentos para concluir o processo de venda dos lotes. 

Com os mandados cumpridos nesta quinta-feira, a Polícia Civil apreendeu notas promissórias, cheques e contratos de compra e venda de imóveis nos mesmos moldes do documento que foi apresentado pela primeira vítima que procurou a delegacia. Uma pessoa foi presa. 

O delegado Aldair Oliveira recomenda atenção no momento de efetuar a compra de um imóvel e alerta que, fazer uma operação como esta tendo em mãos apenas um contrato de compra e venda, é uma operação arriscada. “O que a gente recomenda é que a pessoa, ao ser apresentado um imóvel, que ela procure a matrícula desse imóvel, procure o cartório de registro de imóveis e peça uma certidão negativa de ônus, até para se certificar que sobre aquele imóvel não pende nenhum tipo de ônus real, hipoteca. E também [é preciso] verificar se, de fato, aquele contrato de compra e venda foi averbado na matrícula daquele imóvel. Procure se inteirar do histórico do vendedor”, aconselhou. 

A Polícia Civil continua investigando o caso. 

Os envolvidos podem responder por estelionato, falsificação de documento público e associação criminosa. Se somadas, as penas dos crimes podem chegar a 14 anos de prisão.

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