Homem acusado de matar esposa policial em Maringá tem prisão convertida em preventiva
A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante do homem suspeito de assassinar a esposa em Maringá. A Policial Militar Daniele Carolina Marinelo, de 36 anos, morreu na útima sexta-feira, 1º, com um tiro na cabeça em um suposto suicídio.
Para a polícia, o marido pode ter atirado contra a mulher ou ainda induzido ela a efetuar o disparo. O corpo de Daniele foi velado e sepultado no Cemitério Municipal de Maringá no último sábado, 2.
A polícia aguarda o resultado de exames para definir quem efetuou o disparo. O homem foi preso na sexta-feira, depois de a polícia ouvir cerca de dez testemunhas e chegar à conclusão de que a policial era vítima de um relacionamento abusivo.
Homem já esteve preso por mais de oito anos
A audiência de custódia aconteceu no sábado, 2. Na ocasião, o homem alegou que as brigas aconteciam por conta de ciúmes. Ele disse que Daniele não aceitava o filho que ele teve com a mulher com quem era casado quando os dois começaram a ter um caso.
Na conversão da prisão em preventiva, o juiz de direto Jao Alexandre Cavalcant Zarpellon destacou os antecedentes criminais do homem. Ele já foi condenado por disparo de arma de fogo, lesão corporal, além de cárcere privado e estupro contra uma ex-namorada.
“O implicado ainda ostenta diversas condenações, seja caracterizadora de maus antecedentes, seja de reincidência, o que indica sua periculosidade”, disse Zarpelon, ao ressaltar que o suspeito ficou mais de oito anos preso e que voltou a cometer os crimes depois de ser solto.
“Isto posto, converto / em decreto a prisão preventiva do agente” decidiu o juiz no termo da audiência de custódia.
O crime
O fato aconteceu na casa da policial, onde ela morava com o marido e as duas filhas dele, ambas adolescentes. Conforme o que foi apurado, a cena no local do disparo sugeria uma tentativa de suicídio. No entanto, o esposo da PM e meninas foram levados para prestar depoimento. O homem foi encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas de Maringá (DHPP) e as garotas ao Núcleo de Proteção a Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). Ao todo, nove pessoas foram ouvidas pela polícia.
A policial foi socorrida com um ferimento de disparo de arma de fogo na cabeça, na manhã desta sexta-feira. Ela não resistiu e morreu no hospital.
No começo da tarde, o titular da DHPP, confirmou a prisão em flagrante do esposa da PM pelo crime de homicídio. De acordo com o apurado pela reportagem, a polícia trabalha com duas hipóteses: a de que o marido tenha atirado na esposa, ou que ele tenha induzido ela a efetuar o disparo.
Ainda segunda informações, o casal estava casado há pouco mais de 30 dias. Ainda de acordo com a polícia, o homem tem várias passagens, como furto, estelionato, disparo de arma de de fogo, violência doméstica e cárcere privado. Segundo testemunhas, discussões entre o casal eram frequentes.