Os golpes por meio de redes sociais e por telefone continuam sendo registrados diariamente nas delegacias do país.
Em Alto Piquiri, esta semana, uma idosa de 65 anos foi vítima de um golpe e perdeu R$ 7 mil.
Segundo a polícia, ela relatou que havia recebido um aviso via mensagem de celular sobre uma compra de R$ 4 mil. Ela não reconheceu a compra e fez contato com o banco. Mas foi aí que o golpe aconteceu. Por ligação, segundo a polícia, ela confirmou dados pessoais e senhas. Em seguida, ela começou a receber cobranças e um empréstimo de R$ 7 mil.
O delegado de Iporã, Felipe Martins, orientou que em nenhum caso de empréstimo, a instituição financeira vai fazer contato dessa forma.
“Ninguém vai mandar para você algum link ou ligar para você e ficar pedindo o número do cartão, do código de segurança, não vai pedir a senha. Outro ponto importante: quando você está querendo pegar um empréstimo, ninguém vai exigir o pagamento antecipado de taxa para poder aprovar o financiamento”, alertou o delegado.
Segundo dados da Sesp, em 2022, a delegacia de Iporã registrou 84 boletins de ocorrência por estelionato. Em 2023, já são 21 registros.
Segundo o delegado, outros tipos de golpes por redes sociais são cada vez mais comuns, como quando um número diferente, com a foto de um conhecido, pede uma transferência via pix por aplicativo de mensagens.
“Confirmem. Liguem para essa pessoa, vejam se, efetivamente, é a pessoa. Outra coisa: o falso sequestro. Respire fundo! Eu entendo que é difícil, mas, se alguém ligar dizendo que seu filho, seu parente foi sequestrado, respire fundo, tente ganhar tempo, peça para alguém entrar em contato com a pessoa”, orientou Martins.
Além disso, de acordo com o delegado, a venda de veículos pelas redes sociais pode fazer vítimas fáceis.
“Muitas vezes, um veículo é anunciado, seja em qual plataforma for, e, desse anúncio, a pessoa começa a negociar com quem está vendendo o carro e, nesse intervalo, o estelionatário pede para que a pessoa tire o anúncio que ele vai comprar o carro e, imediatamente, ele posta o mesmo anúncio com um preço abaixo do mercado”, explicou o delegado de Iporã.
“Aí, a vítima se interessa pelo carro e o falsário conversa com ela e com o dono do carro para que se encontrem; pede para que falem informações um para o outro; depois, faz uma transferência para ele. A pessoa que vendeu o carro não recebe e quem depositou o dinheiro também perde”, complementou.
Caso tenha sido vítima de algum golpe de estelionato, a orientação é procurar uma delegacia ou o site da polícia civil.
“Se você não puder naquele momento se deslocar, use o site da Polícia Civil do Estado do Paraná. Dentro do site, tem um caminho para a delegacia eletrônica, delegacia virtual e você vai conseguir fazer seu boletim de ocorrência lá. Assim que você perceber a fraude, entre em contato com as instituições financeiras, tentando cancelar aquela transição fraudulenta”, finalizou o delegado Felipe Martins.
Em Maringá, conforme a Sesp, foram registrados 7.420 mil boletins de ocorrência por estelionato em 2022. Este ano, até dia 1º de junho, foram 2.186.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.