A jovem Naiara Paula da Conceição Silva, de 29 anos, que foi estrangulada até a morte no bairro Santa Cândida, em Curitiba, já morou e trabalhou em Maringá. A vítima é natural de Itanhaém, Litoral de São Paulo.
Naiara havia encerrado um relacionamento com o investigado, de 38 anos, há pouco tempo. Horas antes de morrer, ela postou a mensagem “Freedom”, que significa liberdade em inglês.
O advogado Jackson Bahls, contratado pela família da vítima para atuar no caso, defende que a o crime foi premeditado. Para a Banda B, Bahls contou que quando ainda eram um casal, ambos dividiam o mesmo apartamento. Conforme o advogado, após entrarem em consenso sobre a separação, Naiara e o ex combinaram que o rapaz retiraria seus pertences do local e iria morar em outro lugar. Ela então retornaria ao imóvel.
“Ela foi para uma casa em Pinhais, com amigos, até que ele organizasse sua vida e saísse do apartamento. Assim que ele mandou mensagem indicando que ele teria saído do apartamento, ela retornou. Ela pretendia ficar no apartamento sem ele. E ele, não sabemos qual o motivo levou ele até lá. Mas, particularmente, acho que ele foi até lá única e exclusivamente para matá-la, com um cabo USB de carregador, a enforcou até a morte”, relata o advogado.
Após a morte, descreve Bahls, o ex-marido de Naiara teria tentado criar uma cena de suicídio e, em seguida, de tentativa de suicídio ou mesmo o próprio suicídio. “Ele desferiu duas facadas contra a vítima. Essas facadas digo que foram posteriores, porque não sangrou. Naiara já não tinha mais atividade sanguínea, essas facadas não jorraram sangue. Também com objetivo de criar uma situação de suicídio ou tentativa de suicídio, ele desferiu algumas facadas contra o próprio corpo e que, aí sim, tiveram algum sangue, algum material de sangue no apartamento.”
No local do crime, o suspeito deixou um bilhete em que culpava a vítima pela situação do casal.
“A gente não consegue entender o porque desse tipo de atitude com tanta vida pela frente. Tendo família e outros entes para que possa seguir a vida. Nas situações de feminicídio o que fica mais claro é esse pertencimento que o autor pensa que tem da vítima”, diz a delegada.
Com informações da Banda B e Plantão Maringá.