O delegado Erik Busetti, acusado de matar a esposa e a enteada a tiros em março de 2020, começa a ser julgado nesta segunda-feira, 1º, no Tribunal do Júri, em Curitiba (PR). Preso desde a data do crime, o delegado deve enfrentar um julgamento de três dias.
Erik Busetti foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pelo duplo feminicídio da esposa, Maritza Guimarães de Souza, e da enteada, Ana Carolina de Souza. Maritza tinha 41 anos e era escrivã da Polícia Civil. A filha dela tinha 16 anos. Para a Promotoria, o crime foi cometido com motivo torpe, pois ele não aceitava o fim de relacionamento.
O julgamento do delegado estava previsto para ocorrer em abril, mas foi adiado a pedido da defesa dele. Os advogados solicitaram acesso a imagens geradas por câmeras de segurança da casa onde as vítimas foram mortas, que totalizam mais de 100 horas de gravação.
“Depois de analisarmos todo esse material, tivemos a certeza de que o que aconteceu com aquela família foi um homicídio emocional, uma tragédia que acometeu aquele lar. Está descartada a hipótese de Erik ser um feminicida. Ele não matou por desprezo à condição de mulher e não era um homem violento com aquelas mulheres. Pelo contrário, cuidava daquela família com todo zelo e desempenhava as funções de pai e mãe”, diz a advogada de defesa do delegado, Aline Vasconcellos.
O crime
O delegado Erik Busetti é acusado de matar a tiros a esposa e a enteada no dia 4 de março de 2020, na casa em que viviam, no bairro Atuba, em Curitiba. Uma câmera de segurança instalada no interior do imóvel registrou os assassinatos.
O crime ocorreu enquanto a filha do casal, de 9 anos, estava dormindo em um dos quartos da casa. O delegado teria agredido a enteada com chutes e tapas e a assassinado no momento em que ela abraçou a mãe. A esposa teria sido atingida por pelo menos sete tiros, enquanto a adolescente, seis.
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