Rui Hiroshi Matisunaga, de 55 anos, apontado como o assassino da própria namorada, morta a golpes de martelo no parque das Laranjeiras, em Maringá, está sendo julgado no Fórum da cidade nesta quarta-feira, 3. O tribunal analisa o crime de feminicídio, cometido de modo cruel e por motivo torpe.
O caso foi registrado em abril de 2020. Neuza da Silva, de 43 anos, estava desaparecida há três dias. O corpo dela foi encontrado pelo filho e pelo ex-companheiro na casa onde o suspeito morava. A ferramenta usada para assassinar a dona de casa foi localizada pela polícia na gaveta de um cômodo, ao lado da cama, onde a vítima foi deixada morta.
Rui Hiroshi foi preso um mês depois do crime, em Lençóis Paulista, no interior de São Paulo. Transferido para Maringá, ele segue preso até hoje.
Conforme o processo, Neuza e Rui se conheciam há pouco tempo e estavam tendo um relacionamento amoroso há cerca de três meses. As investigações apuraram que o motivo do assassinato teria sido uma tentativa de separação que não foi aceita pelo acusado. Pouco dias antes de ser morta, Neuza se queixou à amigas de que teria sido agredida e deste então estava sendo ameaçada pelo namorado.
Amigas e familiares de Neuza acompanham o julgamento. “Que ele seja condenado. O que ele fez foi uma crueldade. Neuza não merecia isso”, disse Eliana Correia, cunhada da vítima.
O corpo de jurados está composto por seis mulheres e um homem. A expectativa é de que o julgamento termine até o final da tarde.