Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

22 de novembro de 2024

Justiça do Paraná mantém prisão de capitão dos bombeiros que desviou produtos da Defesa Civil


Por Banda B, parceira do GMC Online Publicado 31/05/2024 às 15h30
Ouvir: 00:00
desvios-bombeiro-960×592.jpg
Foto: Divulgação/Gaeco.

O capitão do Corpo de Bombeiros Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça, acusado de desviar produtos da Defesa Civil, teve a prisão mantida pela Justiça do Paraná durante audiência de custódia na manhã desta sexta-feira, 31. O oficial foi detido em flagrante no bairro Uberaba, em Curitiba, na noite da última quarta-feira, 29, durante uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná.

A prisão aconteceu quando o capitão chegava no endereço de uma distribuidora de bebidas com uma Fiat Toro carregada com os itens desviados. O Gaeco chegou até ele após uma denúncia anônima.

O advogado Jeffrey Chiquini assumiu a defesa do capitão na noite de ontem. Em entrevista à Banda B, o defensor disse que nem tudo o que foi divulgado é verdade.

“Tratou-se de uma denúncia anônima e uma abordagem policial. Então, naquele momento a interpretação da autoridade policial foi que desvios ocorreram, porém, entretanto, toda via sempre há dois lados e a defesa terá a oportunidade de esclarecer […] Já tive uma primeira conversa com o capitão e há resposta para tudo que estão imputando a ele”, ressaltou.

Conforme o boletim de ocorrência, dentro da caminhonete e do imóvel estavam 57 fardos de bebida energética, relógios, computadores, televisões, ferramentas elétricas diversas (furadeiras e serras) e outros objetos. O documento diz que todos os produtos não tinham notas fiscais ou qualquer outra comprovação de origem lícita. Uma arma de fogo também foi apreendida.

“Há a divulgação de objetos que não pertenciam ao capitão e não foram por ele desviados. Então, imputou-se ao capitão fatos inverídicos. Há ali a imputação de produtos que em tese alegam que o capitão teria tido acesso e desviado […] Acusações precipitadas só trazem prejuízo a investigação”, considerou Chiquini.

O advogado também criticou a exposição do caso, já que o capitão ainda tem a chance de se defender.

“Até o momento tudo o que há é mera especulação e mera exposição midiática. Já defendi muitos inocentes escrachados em via pública e após um trabalho sério da defesa para compreender a verdade, o caso foi clareado e a verdade apareceu”, destacou.

Chiquini pretende entrar com outros pedidos para garantir que o cliente responda ao processo em liberdade.

“Respeitamos a decisão da Justiça. Não concordamos com a decisão de mantê-lo preso, mas respeitamos. Há instâncias superiores que irão reavaliar a decisão, e o papel da defesa é esclarecer, o papel da defesa é trabalhar com o direito e a correta aplicação da lei. Como sempre digo ‘dai a Cesar o que é de Cesar’. Nada injusto será admitido”, concluiu.

Salário alto e cargo de chefia

Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça integra o quadro do Corpo de Bombeiros do Paraná desde novembro de 2008, com remuneração bruta que chega a R$ 15.294,43 – desconsiderando valores pagos a ele em condições excepcionais. Entre janeiro e abril deste ano, o salário bruto total do servidor foi de R$ 64.220,50.

O que diz a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros

Por meio de nota, a Defesa Civil do Paraná confirmou o fato e diz que desde que tomou conhecimento da denúncia se manteve à disposição do Gaeco para prestar todas as informações necessárias.

“Com a situação, foram adotados os procedimentos legais previstos no Código Penal Militar. O Corpo de Bombeiros abriu investigação, que pode culminar com a expulsão do oficial da corporação. A prática não simboliza o serviço de excelência que os Bombeiros do Paraná prestam à sociedade”, informou.

Leia a matéria completa na Banda B.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação