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07 de julho de 2024

Maringá: Crime na Avenida Petrônio Portela foi execução, diz a polícia


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 06/12/2021 às 14h30 Atualizado 21/10/2022 às 00h47
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Foto: Imagem Ilustrativa/Arquivo/AEN

Na madrugada de sábado, 4, o que se temia aconteceu. Um jovem foi morto em meio à aglomeração na Avenida Petrônio Portela, em Maringá. Uma aglomeração que reúne centenas de pessoas, principalmente jovens universitários, que invade calçadas e vias públicas, nos fins de semana.

A polícia civil está investigando o caso, mas já sabe que a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas. O crime foi uma execução, diz o delegado de homicídios Diego Freitas.

“O que nós já temos é que, realmente, foi uma execução. O alvo foi essa pessoa que acabou vindo à óbito. As outras pessoas que infelizmente foram atingidas, foram atingidas em razão de estar no mesmo ambiente de várias pessoas uma do lado das outras e elas acabaram sendo atingidas”, explica Freitas.

“Essa pessoa que morreu nós já verificamos antecedentes criminais, ela possui uma passagem de tráfico de entorpecentes quando menor […]. Ela é de Sarandi. Pelas informações que nós já coletamos nas informações preliminares, tudo indica que trata-se de um acerto de contas entre criminosos de Sarandi, que acabaram se encontrando naquele evento ali na [avenida] Petrônio Portela, e acabaram acontecendo esses disparos”, complementa o delegado de homicídios.

O caso alerta para o risco dessa aglomeração em via pública. O disparo de arma de fogo, em meio a tanta gente, podia ter sido ainda mais grave.

“Ali já é um problema crônico em Maringá. Há tempo já tem reclamação que aquele lugar vira aglomeração de pessoas e não tem uma segurança adequada para ter esse tipo de evento ali, […] não tem ninguém autorizando, então isso tudo contribui para acontecer esse tipo de coisa, ainda mais num lugar em que pode encontrar gente de outras cidades, pessoas com antecedentes criminais, que quando se encontram acabam resolvendo acertas as contas ali no meio de outras pessoas inocentes que não tem nada a ver com a situação”, afirmou Freitas.

Um debate ganhou as redes sociais no fim de semana e envolveu autoridades policiais. Afinal, a polícia deve agir para evitar essas aglomerações de jovens que tiram o sossego de tantos moradores da cidade? E como agir? Há amparo legal?

No ano passado foi aprovada uma lei que proíbe o consumo de bebida alcoólica em vias públicas de Maringá das 22h às 5h. Mas pelo jeito a lei não saiu do papel.

O vereador Luiz Cláudio Alves, que também é delegado da Polícia Civil, diz que chegou a hora da sociedade decidir como quer que a polícia aja.

“Um mês atrás, um pouco mais, teve uma ação dessa parecida na Zona 7 também, de pessoas se aglomerando em frente a um bar, fechando uma rua. A polícia foi acionada, teve que usar de força necessária com gás, com bala de borracha e foi veementemente criticada por essa ação. Então, o que que a sociedade efetivamente quer? Quer que a polícia haja para poder acabar com essas baderna, com essa bagunça, com essa desordem social ou não quer, quer que essa baderna continue?”, questiona o vereador.

“É claro que você vai ter uma opinião dividida na sociedade. Os moradores daquele local, que querem ter o seu direito de descanso, querem poder dormir para trabalhar no outro dia, claro que eles vão ser à favor da operação policial. Agora, aqueles que estão ali na festa, fazendo a balbúrdia, fazendo a bagunça, vão achar que aquilo ali é algo normal. Está faltando na sociedade um certo equilíbrio”, acrescentou Alves.

A Secretaria de Segurança Pública de Maringá não irá se pronunciar sobre o caso.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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