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23 de novembro de 2024

Motoristas caem no golpe da ‘fumaça no motor’ em Maringá e polícia investiga


Por Ricardo Freitas Publicado 02/02/2022 às 14h06 Atualizado 20/10/2022 às 12h44
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Foto: Reprodução

Tem golpe novo na praça em Maringá, ou melhor, na rua. Imagine você dirigindo seu carro tranquilamente e, de repente, uma pessoa aparece do lado gritando e dizendo que tem fumaça saindo do motor, e que você precisa parar imediatamente. A reação natural é estacionar o veículo e tentar pedir ajuda. Mas não por acaso essa ajuda está chegando rápido e fácil demais em Maringá, é o chamado “golpe da fumaça no motor”.

As vítimas são geralmente idosos. De acordo com o delegado de Estelionato de Maringá, Fernando Garbelini, foram pelo menos 10 casos registrados desde o começo do ano na cidade.

Em um dos casos captado por câmeras de segurança, é possível ver um idoso que tinha acabado de comprar um carro zero km em apuros, próximo ao Parque do Ingá. Depois de ser avisado da suposta fumaça, ele para o veículo e fica sem saber o que fazer.

Nessa hora, um homem alto e de camiseta azul aparece oferecendo ajuda. Ele diz ser funcionário da concessionária onde o homem comprou o carro, e liga para um suposto colega de trabalho, que aparece no local com uma maleta.

Os comparsas abrem o capô, e supostamente, resolvem o problema. Eles cobram um valor simbólico pelo serviço, R$ 49, mas na hora do idoso passar o cartão, se aproveitaram do nervosismo da vítima e cobram bem mais, R$ 4.900. O motorista só se deu conta horas depois e acionou a polícia.

Outro caso que também foi registrado na delegacia, foi de uma idosa que estava de carro na avenida Tuiuti, em Maringá. A situação é parecida com a do primeiro caso. A mulher é avisada sobre uma suposta fumaça e para. Dois homens aparecem para ajudar. Um deles liga para a seguradora, e o comparsa aparece logo na sequência dizendo ser funcionário da empresa. Eles fingem consertar o carro, e cobram R$ 35 pelo serviço, mas na verdade, tinham passado R$ 3.500 na máquina do cartão.

“Geralmente eles falam que são mecânicos, que podem ajudar, e a cilada dá certo”, afirma o delegado Fernando Garbelini.

Sobre o fato da pessoa estar digitando um valor e aparecer outro, o delegado relata que os golpistas usam geralmente máquinas de cartão com visores com defeito provocado por eles próprios.

“O visor geralmente não acende, ou eles mexem de um jeito que fica bem complicado para ver os números, isso é ainda mais complicado no caso de pessoas idosas. A orientação da polícia é sempre observar com o máximo de cuidado possível, mesmo que esteja ruim para ver o visor. Outro detalhe, sempre peça o comprovante da maquininha”, comentou.

A Polícia acredita ainda que os golpistas fazem parte de quadrilha especializada, que moram em outra cidade e agem em Maringá.

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