O que se sabe sobre o caso da engenheira morta dentro de casa em Moema


Por Agência Estado
image
Foto: Reprodução/Google Street View

A engenheira civil Eliane Toniolo, de 63 anos, foi baleada e encontrada morta na madrugada desta quarta-feira, 18, dentro de casa na Alameda dos Jurupis, em Moema, zona sul de São Paulo.

De acordo com o delegado Eduardo Luis Ferreira, do 27° DP, a investigação aponta para o envolvimento de quatro suspeitos no caso. Ações dos criminosos indicam que o roubo foi planejado ou que os suspeitos tinham informações sobre a casa, como o fato de duas mulheres estarem sozinhas, de os proprietários terem acabado de vender o imóvel e estarem de mudança.

“Invadir uma casa de madrugada é uma logística complexa até para o ladrão”, diz o delegado. “A gente supõe que os criminosos tinham conhecimento prévio sobre a situação. Um mínimo de estudo, algum levantamento prévio, presume-se que eles tinham. Tudo aponta que alguma informação privilegiada eles tinham.”

Policiais militares foram até o local por volta das 4h30 da manhã para atender a ocorrência, quando localizaram a vítima já sem vida. Os agentes encontraram o portão da garagem estourado, segundo o boletim de ocorrência. A porta de entrada da casa também foi arrombada.

Conforme o delegado Ferreira, os suspeitos agiram em dois carros (uma Fiorino branca clonada e um Uno “escuro”). Os dois veículos foram flagrados pelas câmeras de monitoramento do bairro.

“Hoje estamos trabalhando com várias situações hipotéticas. A mais provável é que tenha sido um latrocínio, mas nenhuma está descartada”, afirmou o delegado.

Segundo a investigação, a filha da vítima, de 28 anos, foi localizada no imóvel, trancada dentro de um cômodo. A filha disse aos policiais que elas ouviram um barulho durante a madrugada. A mãe pegou uma arma da família, guardada em um cofre, para se defender. Ao se deparar com os assaltantes, ela foi atingida por um deles.

Eduardo Luis Ferreira nega a existência de uma quadrilha especializada para esse tipo de crime na região. Ele afirma que o latrocínio cometido nesta quarta-feira foi “pontual” e que não há uma atividade criminosa sistêmica no bairro ou a presença de um grupo organizado que atua com o propósito de invadir casas para cometer assaltos.

Sair da versão mobile