Operação Zero Um: Justiça aceita denúncia contra policial militar por corrupção passiva


Por Redação GMC Online

O Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio dos Núcleos Regionais de Maringá e de Umuarama do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), denunciou por corrupção passiva um policial militar investigado na Operação Zero Um, deflagrada em maio deste ano.

Foto: Divulgação

As investigações apontaram que o agente público se aproveirou da posição de comandante da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar de Loanda para exigir e obter para si vantagens indevidas (propinas). O denunciado foi preso preventivamente na primeira etapa da Operação e cumpre atualmente prisão domiciliar.

Entenda o esquema

As apurações tiveram início em setembro de 2024, após o Gaeco de Maringá receber informações sobre possível prática de vários crimes militares envolvendo um oficial superior da Polícia Militar do Paraná e soldados da corporação. De acordo com o MP-PR, com o avanço das investigações, foram obtidas evidências de que o comandante realizava, de forma sistêmica, a cobrança e o recebimento de propinas.

Na denúncia, oferecida no dia 10 de setembro, e recebida pelo Juízo no último dia 15 deste mês, o Gaeco aponta a ocorrência de dez fatos relacionados a cobranças de valores de representantes de pessoas jurídicas que mantinham contratos de prestação de serviços com a Companhia. Algumas das exigências de vantagens ilícitas ocorreram por ocasião da realização do 3º Torneio de Pesca da Companhia, sendo uma das práticas empregadas a exigência de que a empresa que fornecia as camisetas do evento repassasse percentual dos valores arrecadados com as vendas para a sua conta bancária. O pretexto seria a realização de benfeitorias nas instalações da corporação. Em outras ocasiões, também foi comprovada a exigência de propina em troca do fechamento de contratos de prestação de serviços para a corporação.

As informações são da assessoria de imprensa do MP-PR

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