Polícia Civil descobre mentiras na história de mulher que denunciou ter sido vítima de sequestro, tortura e estupro, em Sarandi


Por Jota Junior

A história de mulher que denunciou ter sido vítima de sequestro, tortura e estupro, em Sarandi, sofreu uma reviravolta. Isso porque a Polícia confirmou que a jovem, de 22 anos, foi agredida e teve os cabelos cortados, mas descobriu que ela mentiu sobre o sequestro, o abuso sexual e a autoria do crime na intenção de esconder a motivação do ataque que foi passional.

Foto: GMC

A verdadeira história foi descoberta após a jovem prestar dois depoimentos, nesta quarta-feira, 13. Segundo o delegado responsável pelo caso, William Araújo Ribeiro, da Polícia Civil de Sarandi, a vítima entrou em contradição ao ser ouvida pela primeira vez, na parte da manhã. Ao longo do dia, as investigações avançaram e ela foi chamada para um segundo depoimento, que aconteceu na parte da tarde. Ao ser contestada sobre as versões que apresentou ao detalhar como tudo aconteceu, a mulher confessou não ter sido totalmente verdadeira.

Segundo o boletim de ocorrência, no dia 7 de novembro, a jovem teria sido sequestrada por três homens, em um veículo sedan preto, que a abordaram em um ponto de ônibus, na Avenida Tuiuti, em Maringá. Levada para uma região de mata, com o rosto coberto por um plano, ela disse ter sido torturada, tendo os cabelos cortados, e estuprada pelos três agressores, no local afastado da cidade. Depois disso, teria sido deixada na Avenida Colombo, em Sarandi, onde pediu ajuda para o marido e foi levada para atendimento médico.

Conforme o delegado, o crime não foi cometido por homens e sim por mulheres. O sequestro foi descaracterizado pelo fato dela não ter sido obrigada a entrar no carro. A jovem teria sido abordada por uma conhecida e aceitado uma carona. No caminho, outra mulheres também teriam embarcado no veículo dando início a agressões que terminaram em uma propriedade que a vítima não soube indicar o endereço. Ainda são aguardados os resultados dos exames sobre o abuso sexual, apesar da vítima já ter desmentido essa versão.

Sobre a motivação, que a polícia afirma estar relacionada a uma questão passional, o delegado do caso não entrou em detalhes, para não expor a mulher atacada que agora está arrolada em dois inquéritos: em um como vítima e no outro onde será indiciada criminalmente pelas mentiras, respondendo por crime de denúncia caluniosa

Sair da versão mobile