Polícia detalha histórico criminal das vítimas no caso das quatro mortes em Icaraíma; veja registros
A Polícia Civil de Umuarama esclareceu nesta terça-feira, 4, novos pontos sobre o caso que investiga a morte de quatro pessoas em Icaraíma, no Noroeste do Estado, e negou a existência de um segundo inquérito policial. A manifestação ocorre após declarações do advogado Renan Farah, que representa Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Buscariollo, investigados pelo crime.
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Segundo o advogado, a defesa estaria encontrando dificuldades para acessar documentos da investigação devido a um suposto novo inquérito apensado e mantido sob sigilo, mesmo após decisão judicial determinando o acesso.
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Em resposta, a Polícia Civil informou que não há um novo inquérito, mas sim medidas cautelares que estão anexadas à investigação principal e permanecem sob sigilo por envolverem diligências em andamento.
A corporação destacou que a restrição está amparada na Súmula Vinculante nº 14 do Supremo Tribunal Federal, que autoriza o sigilo enquanto as diligências não forem concluídas, de modo a garantir a efetividade das investigações. “O acesso prévio poderia comprometer o resultado das medidas, motivo pelo qual o STF entende que ele só é possível após a finalização da diligência em curso”, informou o delegado responsável pelas investigações Gabriel Menezes.
Histórico policial dos investigados e das vítimas
A Polícia Civil disponibilizou o histórico de registros criminais vinculados aos investigados e às vítimas. Veja:
Investigados
Antônio Buscariollo

• 2018 — Posse ilegal de arma de fogo
Paulo Ricardo Costa Buscariollo

• Nada consta
Vítimas
Diego Henrique Affonso

Registros entre 2018 e 2024: ameaça (incluindo violência doméstica), estelionato, difamação, injúria, apropriação indébita e redução à condição análoga à de escravo.
Rafael Juliano Marascalchi

Registros entre 2005 e 2025: tentativa de homicídio, tráfico de drogas e associação para o tráfico, ameaças (incluindo violência doméstica), exercício arbitrário das próprias razões.
Robishley Hirnani de Oliveira

Registros entre 2003 e 2018: furto qualificado, crime ambiental, embriaguez ao volante, estelionatos, ameaças (incluindo violência doméstica), lesão culposa no trânsito e fuga do local do acidente.
Alencar Gonçalves de Souza Giron

• Nada consta
Investigação sem prazo para conclusão
A Polícia Civil afirmou que ainda não há prazo para conclusão do inquérito devido à complexidade do caso e ao grande volume de dados coletados.
Uma força-tarefa foi montada para acelerar os trabalhos, com analistas de dados enviados pelo Departamento da Polícia Civil para atuar junto ao Grupo de Diligências Especiais de Umuarama. Parte das equipes trabalha exclusivamente na análise do material obtido.
