O policial militar Luan Felipe Alves Pereira, que atirou um homem de uma ponte da zona sul de São Paulo, foi detido na manhã desta quinta-feira, 5. O pedido de prisão havia sido feito pela Corregedoria da PM à Justiça Militar.
O soldado será levado para o presídio militar Romão Gomes, conhecido como Barro Branco, na zona norte da capital paulista.
No dia seguinte ao caso, a cúpula da Secretaria da Segurança Pública já havia mandado afastar 13 agentes envolvidos na ocorrência, entre eles Pereira. O grupo é do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, região metropolitana.
Segundo a corporação, os PMs fizeram o registro no sistema operacional da polícia de uma perseguição por cerca de dois quilômetros a uma moto com dois homens considerados suspeitos, mas sem mencionar qualquer arremesso de viaduto. O caso só veio à tona após a divulgação das imagens da ocorrência.
O rapaz atirado da ponte na região de Cidade Ademar não pôde receber socorro logo após a queda, disseram ao Estadão dois homens que afirmam ser testemunhas do episódio.
Uma série de ocorrências têm colocado em xeque a atuação da PM paulista, como as mortes de uma criança de 4 anos em uma ação em Santos, no litoral paulista, e de um estudante de Medicina na Vila Mariana, na zona sul paulistana, além do caso do agente arremessado da ponte.
A gravação circulou nas redes sociais e aumentou a pressão sobre Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP). O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, porém, que manterá Derrite no cargo e destacou a melhora de indicadores criminais – roubos e furtos estão em queda no Estado.