Na manhã desta sexta-feira, 28, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou um ônibus clandestino com 17 passageiros na BR-116, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba. O veículo, que partiu de Rio do Sul (SC) com destino a Alagoas, foi abordado durante uma fiscalização voltada para o tempo de descanso do motorista.
Durante a abordagem, os agentes constataram que o ônibus apresentava uma série de irregularidades. O motorista controlava itinerários e pagamentos em anotações improvisadas feitas à mão, o que evidenciou a natureza irregular da operação. Além disso, o veículo tinha o para-brisa trincado, pneus em péssimo estado de conservação e o tacógrafo inoperante, impedindo a comprovação dos períodos de descanso do condutor. Outros problemas encontrados incluem a falta de autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o transporte interestadual de passageiros, o uso de calçado inadequado (chinelo) pelo motorista, e poltronas com cintos de segurança inoperantes.
Infrações registradas durante a fiscalização:
- Conduzir veículo com calçado inadequado (chinelo)
- Transporte clandestino de passageiros sem licenciamento
- Falta de curso específico para transporte de passageiros
- Alteração de características do veículo (aumento da capacidade de lugares)
- Lentes de lanternas quebradas
- Faixa refletiva em mau estado
- Placas ilegíveis
- Tacógrafo inoperante ou sem disco
- Limpador e lavador de para-brisas inoperantes
- Extintor de incêndio vencido
- Para-brisa trincado
- Ausência de martelos de segurança para emergência
- Ausência de simbologia de saída de emergência
- Película escura irregular
- Pneus traseiros em mau estado
Os passageiros, que haviam pago cerca de R$ 600 pela viagem, foram remanejados para outro ônibus da mesma empresa, que estava devidamente regularizado, com as autorizações necessárias e um novo motorista, já que o condutor original foi orientado a cumprir um descanso de 11 horas devido às infrações cometidas.
O ônibus foi apreendido e removido ao pátio da PRF, onde só será liberado após a regularização completa do tacógrafo, que já havia sido objeto de fiscalização anterior, mas não havia sido sanado no prazo estipulado. Enquanto isso, a empresa responsável pelo transporte ilegal deverá regularizar todas as pendências antes de retomar a operação do veículo.