Quatro homens são indiciados por homicídio de jovem após furto em supermercado no Paraná
A Polícia Civil do Paraná indiciou quatro homens pela morte de Rodrigo da Silva Boschen, de 22 anos, ocorrida no último dia 19 de junho. O caso aconteceu após a vítima ter supostamente furtado chocolate e chicletes no Hipermercado Muffato, no bairro Portão, em Curitiba. Os suspeitos responderão por homicídio triplamente qualificado, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.
- Acompanhe o GMC Online no Instagram
- Clique aqui e receba as nossas notícias pelo WhatsApp
- Entre no canal do GMC Online no Instagram
O inquérito foi concluído e o indiciamento ocorreu no sábado, 28. A investigação aponta que a vítima foi perseguida, agredida e morta por estrangulamento, além de ter sido arrastada por cerca de 850 metros antes de ser abandonada em via pública.

Quem são os indiciados?
Os quatro indiciados são:
- Luiz Roberto Costa Barbosa – Funcionário do setor de hortifrúti do Muffato, é apontado como autor do estrangulamento por meio de um golpe de “mata-leão”. Também teria arrastado o corpo de Rodrigo por quase 1 km. Está foragido desde o dia do crime.
- Antonio Cesar Bonfim Barros – Segurança interno do supermercado. Foi visto carregando o corpo da vítima e também está foragido.
- Bryan Gustavo Teixeira (22 anos) – Segurança terceirizado da empresa Força Rota, que presta serviços ao hipermercado. Está preso preventivamente. Participou da perseguição, presenciou o estrangulamento e ajudou a arrastar o corpo, sem prestar socorro.
- Henrique Moreira Alves Pinheiro do Carmo (19 anos) – Motoboy, interceptou Rodrigo com sua motocicleta e o agrediu com socos e chutes enquanto ele já estava imobilizado. Também está preso preventivamente.
A Polícia Civil destacou que dois dos acusados estão presos e dois seguem foragidos. Um quinto homem, preso em flagrante no dia do crime, foi solto após audiência de custódia e não foi incluído no indiciamento.
Motivo fútil e meio cruel
De acordo com o delegado Diego Fernandes Valim, o homicídio foi qualificado por motivo fútil, uso de meio cruel e pela impossibilidade de defesa da vítima. O relatório afirma que Rodrigo foi “violentamente imobilizado, submetido a estrangulamento e agressões físicas, culminando em sua morte”. Os envolvidos abandonaram o corpo em via pública e não acionaram socorro, demonstrando, segundo a polícia, “total indiferença à vida da vítima”.
Posicionamento da família
Em nota, a família da vítima, por meio do advogado Leonardo Mestre, declarou considerar o indiciamento acertado e espera que o Ministério Público acompanhe o entendimento da autoridade policial.
“A família segue acompanhando ativamente as investigações, com o compromisso de buscar justiça e garantir que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados”, diz o comunicado.
A família também informou que Rodrigo trabalhava como auxiliar de produção em uma multinacional na Cidade Industrial de Curitiba e enfrentava problemas com drogas, mas estava em processo de recuperação.
Com informações do site Bem Paraná.