Quem é a modelo brasileira encontrada morta após festa em iate, nos EUA


Por Agência Estado

A modelo Adriana Vieira, de 31 anos, foi encontrada morta em Miami, nos Estados Unidos, após participar de uma festa em um iate, no último dia, 21, um sábado. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte, 22, e levado a um necrotério local, onde está aguardando a identificação oficial, que será feita pela mãe.

Foto: Instagram

A polícia americana investiga as circunstâncias da morte. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que acompanha o caso.

Adriana vivia nos Estados Unidos com um filho de seis anos que está sob os cuidados da babá brasileira. Em suas redes sociais, a modelo postava vídeos de seu trabalho como modelo e dançarina. Nas publicações, ela ostentava uma vida de luxo, em festas, baladas e lojas de grife, além de viagens para locais glamurosos Em sua conta no Instagram, Adriana tinha 505 mil seguidores.

A modelo foi casada com o brasileiro Roberto Tesário. O casal se separou recentemente e ele voltou para o Brasil. O filho ficou com a mãe e aparece em várias publicações recentes feitas pela modelo em sua rede social.

A mãe de Adriana, Antônia de Lourdes Vieira, que mora no Brasil, pediu ajuda para trazer o corpo da filha. Ela teme que a brasileira seja enterrada como indigente. Antônia também quer saber como a filha morreu.

Foto: Reprodução

“Eu quero que seja investigada a morte da minha filha e que me ajudem a trazer o corpo de volta. Não sei quanto tempo tem até ela ser enterrada como indigente. Eu preciso do corpo da minha filha, que seja investigado, e descubra o que aconteceu”, disse a mãe ao Américas no Ar, telejornal da Record nos Estados Unidos

De acordo com o advogado Alair Ferraz, com experiência em casos envolvendo o traslado de corpos de brasileiros mortos nos Estados Unidos, o processo não é simples. “Os procedimentos lá são bem diferentes dos nossos. Costumam demorar para fazer o velório e os trâmites para trazer o corpo demoram, em média, 60 dias. Se for cremar e trazer as cinzas, pode ser um pouco mais rápido”, disse ao Estadão.

Segundo ele, normalmente o corpo só é liberado após encerrar a investigação sobre a causa da morte, que também não é rápida. “A perícia é feita pela polícia do próprio condado (território administrativo) em que houve a morte e também leva muito tempo”, disse.

Foto: Reprodução

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) informou que, por meio do Consulado Geral em Miami, está em contato com as autoridades locais e com os familiares da modelo, para prestar a assistência consular cabível ao filho menor e demais familiares. Conforme a pasta, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as embaixadas e consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares e apoiar os contatos com o governo local.

Ainda segundo o Itamaraty, estas unidades diplomáticas também cuidam da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais. “O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos”, disse, em nota.

A reportagem entrou em contato com o Departamento de Polícia de Miami para saber sobre o andamento das investigações e aguarda retorno. O Estadão não conseguiu contato com o ex-marido de Adriana.

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