Reviravolta: Crime contra médica de Maringá não foi assalto, diz polícia; alvo era o marido da vítima


Por Thiago Danezi, com Luciana Peña/CBN Maringá

A Polícia Civil de Maringá alterou o rumo da investigação sobre o caso da médica de 28 anos, baleada na noite da última sexta-feira, 4, no Jardim Três Lagoas. Inicialmente tratado como uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte), o crime agora é investigado como tentativa de homicídio, com indícios de que o verdadeiro alvo seria o marido da vítima.

Segundo o delegado Diego de Almeida, da Delegacia de Homicídios, novos depoimentos e informações revelam que a ação não teve como objetivo um assalto comum. “A vítima inicialmente relatou uma tentativa de assalto, mas em novo depoimento afirmou que não houve voz de assalto e que os indivíduos teriam ido ao local para cobrá-lo de uma dívida. Ele mesmo já havia registrado um boletim de ocorrência relatando ameaças de morte relacionadas a essa dívida”, afirmou o delegado.

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O crime ocorreu após o marido da médica, um empresário, retornar de uma viagem ao Mato Grosso do Sul, onde teria ido negociar a compra de uma motocicleta de R$ 55 mil. Assim que chegou à residência, ele foi surpreendido por dois homens armados. Durante a suposta cobrança, houve luta corporal, e o empresário diz ter conseguido tomar a arma de um dos agressores e disparar contra ele.

Foto: Plantão Maringá | Reprodução

Durante o tumulto, a médica saiu de casa para ver o que estava acontecendo e acabou baleada cinco vezes, sendo atingida na perna, mão, dorso e tórax. Ela foi socorrida por equipes do Samu e encaminhada à Santa Casa de Maringá, onde permanece internada.

A polícia ainda investiga se algum dos agressores foi atingido durante a troca de tiros. Até o momento, não há registro da entrada de feridos por arma de fogo em hospitais da região. “Também não encontramos vestígios no local que comprovem que um dos criminosos tenha sido baleado”, disse o delegado.

O caso ganhou novos contornos após a polícia descobrir que o empresário já havia sido denunciado por ameaças com arma de fogo em Campo Mourão. A hipótese de que a ação criminosa seja uma retaliação ou acerto de contas relacionado a esse boletim também está sendo investigada.

A Delegacia de Homicídios segue colhendo depoimentos e analisando provas para elucidar a motivação do crime e identificar os responsáveis. A médica deverá ser ouvida assim que estiver recuperada. Até o momento, ninguém foi preso.

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