Veja como suspeitos de desaparecimentos deixaram casa antes de fugir em Icaraíma; vídeo

Por Redação GMC Online Publicado 15/08/2025 às 09h09

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A residência de Antônio Buscariollo, de 66 anos, de sua esposa e do filho do primeiro casamento Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22 anos, localizada na área rural de Icaraíma, está em estado de abandono, com sinais claros de que a família deixou o local às pressas.

OBemdito esteve na casa e constatou pratos com restos de comida ainda sobre a mesa junto com talheres sujos, utensílios com vestígios de refeição, roupas jogadas sobre móveis e espalhadas pelo chão.

No quintal, peças de vestuário permaneciam no varal, balançando ao vento. Uma rede continuava estendida na varanda, próximo a uma placa que anuncia o local como “meu pedacinho de chão”. Em um dos cantos da área externa, calçados e utensílios de uso diário indicavam que a rotina foi interrompida de forma abrupta.

O filho de Antônio, Paulo Ricardo Costa Buscariollo, de 22 anos, também é considerado pelas investigações da Polícia Civil como suspeito no caso do desaparecimento dos quatro homens na cidade, desde a última terça-feira (5).

Clima de surpresa e medo

Moradores próximos relataram à reportagem que a cena, ao menos na parte de fora da casa, causa estranhamento. “Parece que saíram, tudo ficou no lugar, como se fosse para voltar logo”, disse um vizinho.

Outro morador afirmou que o clima na cidade é de medo: “Todo mundo se conhece aqui, nunca vimos algo assim, ou imaginamos que fosse ocorrer com essas famílias, as consideramos tranquilas, sem problemas criminais”.

As duas famílias envolvidas, a dos suspeitos e a de Alencar Gonçalves de Souza, uma das vítimas desaparecidas, são conhecidas na comunidade. Segundo moradores, sempre tiveram como sustento a produção agrícola, o gado de leite e a compra e venda de animais.

Antônio, que já chegou a ser candidato a vereador, teve um pesque-pague na propriedade onde mora e que um dia foi ponto de encontro de clientes e conhecidos.

Um familiar de Alencar reforçou que não há ressentimento contra os suspeitos: “As famílias se conheciam como qualquer outra da cidade. Não temos problemas com ninguém. Queremos apenas a verdade e que ele volte para casa”, disse.