Ausência dos EUA em preparativos da COP30 levanta preocupações
A conferência reúne quase 200 países e funciona como principal fórum internacional para discutir políticas climáticas.
A Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA), e tem como missão central revisar os compromissos assumidos pelos países para conter o aquecimento global. O encontro é considerado histórico por acontecer na Amazônia, palco das maiores discussões sobre preservação ambiental e transição energética.
O episódio da ausência americana
Na semana passada, ocorreu a primeira rodada de negociações preparatórias para a conferência. O encontro tinha como objetivo iniciar consultas e buscar consenso sobre a agenda da cúpula. No entanto, a delegação dos Estados Unidos não compareceu.
A ausência foi confirmada pelo presidente da COP30, o embaixador André Corrêa do Lago, ao UOL. Segundo ele, “o governo brasileiro chegou a enviar uma carta em agosto convidando pessoalmente o presidente Donald Trump, mas não houve resposta”.
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Por que a COP30 importa?
A conferência reúne quase 200 países e funciona como principal fórum internacional para discutir políticas climáticas. É nela que se avaliam avanços, dificuldades e novas metas para reduzir emissões de gases de efeito estufa.
Belém será palco de um encontro em que se espera maior pressão sobre países desenvolvidos para financiar medidas de adaptação e apoiar nações mais vulneráveis às mudanças climáticas.
Qual é o peso da ausência dos EUA?
Os Estados Unidos são historicamente um dos maiores emissores de carbono do mundo e exercem influência decisiva nas negociações climáticas. A ausência de Washington já na primeira rodada de consultas levanta dúvidas sobre o grau de engajamento do governo Trump nas discussões multilaterais.
Sem a participação ativa da maior economia global, qualquer acordo corre o risco de perder força política e prática. Para especialistas, a ausência sinaliza dificuldades adicionais para que a COP30 alcance consensos robustos em temas como financiamento climático e desmatamento.
Quais são as expectativas para novembro?
Apesar do impasse inicial, os organizadores da COP30 seguem confiantes de que Belém sediará uma conferência histórica, marcada pelo simbolismo de acontecer na Amazônia. O Brasil aposta em usar o evento como vitrine de sua política ambiental e como oportunidade de reposicionar-se no cenário internacional.
Resta saber se a ausência dos Estados Unidos será pontual ou indicará uma postura de distanciamento que pode fragilizar as negociações.
Veja a seguir: COP30: menos de 1/4 das delegações confirmou hospedagem.
