12 de junho de 2025

Bolsonaro diz que ‘vai morrer na cadeia’ se for condenado por tentativa de golpe


Por AEN Publicado 16/05/2025 às 17h18
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira, 16, que vai “morrer na cadeia” se for condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Eu, com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, afirmou em entrevista ao canal no YouTube AuriVerde Brasil.

O ex-presidente fez referência ao fato de estar em Orlando, sede de parques da Disney, nos Estados Unidos, no dia 8 de janeiro de 2023, quando os prédios públicos foram depredados em Brasília.

Durante o julgamento que o tornou réu em 26 de março, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino destacaram que a presença física na capital federal na ocasião não seria obrigatória para a responsabilização no caso.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outras sete pessoas acusadas de formar o “núcleo crucial” do plano de golpe. A votação foi unânime.

Os réus são acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. As penas em caso de condenação podem chegar a 43 anos de prisão.

“Está previsto 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente também voltou a alegar que é alvo de perseguição por parte do que chama de “sistema”, que, segundo ele, busca impedir sua candidatura em 2026.

Na entrevista, Bolsonaro mencionou ainda a condenação pelo STF da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), classificando a decisão como “sem cabimento”.

Segundo ele, os casos de Zambelli e do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), também réu pela trama golpista, são ativismo judicial. “Eu não sei até quando vou resistir”, afirmou.

As informações são da Agência Estado.

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