Câmara de Maringá: Na delegacia, Mário Hossokawa apresenta notícia-crime contra Cris Lauer
O vereador Mário Hossokawa (PP), ex-presidente da Câmara Municipal de Maringá, apresentou na tarde desta segunda-feira, 30, uma notícia-crime contra a vereadora Cris Lauer (Partido Novo), na 9ª Subdivisão Policial. A denúncia aponta suspeita de contratação irregular de servidor público com recursos da Câmara para prestar serviços particulares à parlamentar.
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De acordo com Hossokawa, a medida complementa os processos já em andamento nas esferas cível e administrativa. A vereadora responde por ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público do Paraná, por possível enriquecimento ilícito. Na denúncia-crime, o vereador solicita que seja ouvida uma “testemunha sigilosa”, conforme previsto no artigo 7º, inciso IV, da Lei 9.807/1999, além da anexação de um áudio em que, segundo ele, a parlamentar reconhece a irregularidade.
“Como agente público e presidente da Casa Legislativa à época, não posso me omitir diante de indícios que devem ser apurados com rigor e pelos meios legais”, disse Hossokawa. “Ao encaminhar a queixa-crime à Polícia Civil, estou cumprindo com minha obrigação legal e moral, agindo com transparência e responsabilidade diante da população e dos órgãos competentes.”
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Em entrevista à CBN Maringá, Hossokawa afirmou que os fatos remontam ao período em que ele presidia a Câmara Municipal. Segundo o vereador, foi ele quem assinou a nomeação do servidor indicado por Cris Lauer para ocupar o cargo de chefe de gabinete. No entanto, posteriormente veio à tona que o nomeado já atuava como advogado particular da vereadora, o que configuraria um uso indevido de recursos públicos.
“Na época, o pedido foi nomear a pessoa como chefe de gabinete. Só depois, com a investigação do Ministério Público, é que soubemos que ele era advogado dela há anos, antes mesmo do mandato”, explicou.
Segundo Hossokawa, a Câmara não pode arcar com despesas de advogado particular de nenhum vereador. “Se eu soubesse que se tratava do advogado pessoal da vereadora, jamais teria autorizado a nomeação”, garantiu.
O vereador afirmou ainda que está recorrendo à esfera criminal para garantir que todos os aspectos da conduta sejam devidamente investigados, inclusive para se resguardar, já que foi o responsável pela nomeação. “Como cidadão e vereador, tenho o dever de levar isso à área criminal. Não estou aqui para condenar ninguém, mas para garantir que os fatos sejam apurados.”
A equipe de jornalismo do Portal GMC Online entrou em contato com a vereadora Cris Lauer, que informou que, neste momento, não vai se manifestar sobre o caso.