Câmara encerra ano legislativo, mas ainda haverá sessão extraordinária

As sessões ordinárias na Câmara de Maringá encerraram nessa quinta-feira, 15. Durante as festas de fim de ano e o mês de janeiro, os vereadores saem de férias.
No fim de ano normalmente são votados projetos polêmicos envolvendo o orçamento do município. Este ano foi ainda mais delicado: aprovação para empréstimos milionários, aumento de vereadores, aumento de salários… Ao longo do ano também: reformas administrativas, terceirização da iluminação pública, ampliação da altura de prédios, eleições…
Este foi o segundo ano do mandato dos vereadores eleitos para a 17ª legislatura.
O vereador delegado Luiz Alves (Republicanos) avalia que foi um ano produtivo, em que foram aprovados projetos que auxiliam a população. No entanto, houve projetos importantes que poderiam ter sido votados, mas não passaram pela CCJ, diz ele.
“É um projeto que permite que o restaurante particular doe alimentação que exceder o seu consumo diário. A frustração fica por conta de um projeto que idealizamos no início da legislatura, tramitou por quase dois anos e foi rejeitado pela CCJ por um detalhe que deveria ter sido exigido pela câmara, que era a apresentação do estudo de impacto financeiro”, disse o vereador.
“O projeto visava conceder ao contribuinte um abatimento no seu IPTU caso ele instalasse célula fotovoltaica em sua residência. Vamos protocolar de novo porque entendemos que é um projeto interessante, assim como outro que tramita nessa mesma condição que visa obrigar que loteadores, no futuro, quando um loteamento for criado, destine um espaço para a criação fotovoltaica destinado a iluminar aquele bairro, a iluminação pública”, complementou Luiz Alves.
A vereadora Cris Lauer (PSC) também diz que os pareceres da CCJ impediram muitos projetos de chegarem à discussão em plenário. Cris Lauer é conhecida por geralmente ser oposição e diz não se importar em ser voto vencido se for para defender o que ela acredita. [ouça o áudio acima]
“Como eu sou oposição, desde o início, e eu falo que é uma oposição ferrenha, mas não uma oposição burra, porque eu voto muitos projetos do executivo que são favoráveis a população. Os que eu sou voto vencido e voto contrário são muitas vezes o que faltam o próprio projeto no computador, faltam dados, faltam transparência. Não tem problema nenhum em ser voto vencido. Mas eu tenho um balanço positivo. Nestes dois anos de mandato, são 56 projetos protocolados. Pode parecer pouco, mas em nem um desses tem nome de rua, honraria ou qualquer coisa parecida. Então são 56, de fato, projetos que eram benefícios para a população”, disse Cris Lauer.
O vereador Mário Verri (PT), vice-presidente da Câmara, avalia que foi um ano de muitas discussões. Ele diz que o poder Legislativo é para isso e que os vereadores são eleitos para tomar as decisões.
“É uma Câmara diferente, eu já estou aqui há bastante tempo, mas é uma Câmara que tem bastante discussões. Eu acho isso válido. Infelizmente se perde muito tempo discutindo coisas que não chegam a lugar nenhum. Eu prefiro ser mais objetivo para que as coisas aconteçam”, disse Mário Verri.
Já o vereador Rafael Roza (Pros), acredita que os embates precisam aumentar entre os vereadores. Precisa haver mais discussão. Segundo ele, este segundo ano de mandato para ele foi mais produtivo.
“Eu gostaria que tivesse muito mais embate. Eu sinto falta ainda de a gente conseguir construir um bloco maior para criar esses embates”, disse Rafael Roza.
Apesar do recesso, os vereadores voltam ao plenário para uma sessão extraordinária que promete ser polêmica. No dia 19 de dezembro, os parlamentares votam em segunda discussão o projeto que aumenta o número de cadeiras na Casa.
