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14 de janeiro de 2025

Cartilha com orientações de consumo será entregue nas escolas, diz coordenadora do Procon de Maringá


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 13/01/2025 às 18h34
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O Procon de Maringá realizou mais de 15 mil atendimentos em 2024. Segundo a coordenadora do órgão, Coronel Audilene, que participou da Série de Entrevistas com os secretários da gestão muncipal de Maringá, o consumidor pode procurar o Procon sempre que houver uma relação de consumo e o contrato for de alguma forma quebrado, ou não cumprido.

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Foto: GMC Online

Até o início das aulas, o Procon vai elaborar uma cartilha com orientações lúdicas para crianças sobre noções de educação financeira, como não cair em furadas e ser um bom consumidor. Os canais de atendimento do Procon são: 151 e (44) 3293-8150, além do email procon@maringa.pr.gov.br.

LEIA MAIS na Série de Entrevistas:

Confira a entrevista concedida à CBN Maringá:

Como tem sido a atuação nesses primeiros dias?

— Já divulgamos algumas pesquisas de combustível e fizemos a divulgação do material escolar, que é feito em todas as escolas. Verificamos 10 locais, nos quais, 3 deles, se você comprar, você vai economizar e você vai ter todo o material, 80% do material escolar com uma economia muito grande. Nós tivemos diferença de até 1.952%, cadernos com 150%, 160%, então tudo isso representa economia para as famílias. Uma outra situação que nós estamos trabalhando seria a revisão da cartilha de educação para o consumo para as crianças. É importante que elas saibam como consumir, como comprar. Aí você vai me dizer, ‘mas, coronel, elas não podem comprar, crianças na faixa etária de 9, 10 anos não podem comprar’, de fato, não podem comprar, mas nós vamos ensinar algumas coisas a elas e nesse contexto nós queremos dar alguns princípios também de educação financeira, porque a pessoa não consegue comprar se ela não tem uma noção básica de educação financeira, ela nunca vai conseguir comprar bem se ela não tiver essa informação. Então nós pretendemos trabalhar com as escolas, ensinando elas a fazer economia, como que elas podem ajudar nesse contexto, fazer economia ajudando as suas famílias, economia de água, de luz, de telefone, de ar-condicionado. Como que ela pode, aprendendo desde o início, a ter um comportamento consumista adequado. Ela vai aprendendo, vai desenvolvendo, ela vai começar a cobrar dos pais, ensinar, porque muitas vezes eles vão com os pais, então eles poderão estar dando algumas dicas, poderão estar aprendendo e se tornarem adultos que já sabem consumir. Então nós vamos fazer um mesclado de conhecimentos para que essa criança se torne um adulto que saiba consumir, tenha uma educação para o consumo adequada.

Como vai funcionar a cartilha da educação? O que falta para já colocar em prática? 

— Eu estou fazendo a elaboração. Nós queremos colocar em uma linguagem bem simples e vinculando ao dia a dia da criança, para que ela possa saber, por exemplo, como que eu posso economizar energia? Ela saindo do ambiente, ela desliga a luz. Como que ela pode economizar água? Por que não pode comprar coisas que não estão dentro da validade? Eu creio que em uma semana a gente vai estar com o material pronto. As aulas começam dia 6 de fevereiro. Então, só a partir de lá que nós vamos poder ir para as escolas para estar conversando e passando esses ensinamentos para a criança. A gente quer que ela entenda o prejuízo que ela sofre quando ela não faz pesquisa de preço, quando ela compra algo estragado, ainda que pareça mais barato, quais são as consequências para a sua saúde. A gente tem que explicar para as pessoas que existe diferença nos preços e dentro dos preços há qualidade. Então, às vezes na mesma qualidade, o que nós temos observado é que tem diferença muito grande de preço. Então, isso que a gente quer conversar com as crianças, (16:19) trazendo o link para o dia delas nessas palestras, além de dar a cartilha para ela levar as orientações. Queremos ensinar a criança e o adolescente e também os adultos, porque nós também vamos trabalhar com os adultos, a ele fazer esse gerenciamento de compra.

Quais tipos de pesquisa o Procon divulga?

— Nós divulgamos semanalmente o combustível, mensalmente cesta básica e gás de cozinha e o material escolar nós divulgamos na época. Nós divulgamos agora dia 8 e dia 22 nós vamos divulgar uma nova pesquisa do material escolar ainda. Por quê? Porque a maioria das pessoas não conseguem fazer essa pesquisa. Então o que o PROCON faz? Facilita a vida dela fazendo uma pesquisa e dando a ela alguns parâmetros e alguns locais que ela possa adquirir esse material mais em conta. Aí nós temos os eventos, por exemplo, Páscoa, que daí são chocolates, peixes, então nós fazemos as pesquisas e divulgamos também, geralmente a uma semana antes da Páscoa, que é o que geralmente o pessoal consome o peixe e dá os presentes. Dia das mães nós fazemos a verificação, dia dos pais, produtos natalinos. Então esses eventos, nós fazemos as pesquisas e lançamos no portal do PROCON. E os produtos vêm detalhados, por loja, preço, as pessoas podem encontrar tudo detalhado. Nós fazemos por lojas o maior preço e o menor preço e depois a gente coloca um resumo.

Até onde vai a atuação do Procon nas reclamações dos consumidores?

— Toda vez que nós fazemos um pedido, um contrato ou fazemos uma compra em uma loja, nós automaticamente, seja por escrito ou não, existe um contrato. Esse contrato tem que ter regras para que ele não prejudique o consumidor. Então, claro que tanto o fornecedor quanto o consumidor têm direitos e deveres, mas o fornecedor não pode exigir situações que onere demais o consumidor. Então, temos muitos problemas, taxas bancárias, cartões que não foram pedidos, cobranças de operadores de celulares que não foi pedido, juros que não foram acordados, empréstimos que não foram feitos, água e luz que, por alguma razão, cobram a mais sem fazer nenhuma justificativa. Então, compras de telefone que às vezes veio com defeito, juros a mais, taxas de juros além do acordado. Então, isso é meio comum. Outra coisa que acontece muito, por exemplo, a pessoa faz encomenda de imóveis planejados e as pessoas não entregam ou não entregam no prazo acordado ou não entregam com a qualidade que foi desejada. Então, tudo isso, o consumidor pode levar até o PROCON, vai ser feita a análise da documentação e se realmente ele tiver direito pelo PROCON, vai iniciar a reclamação. Da reclamação, é feito o contato com esse fornecedor, se não houver acordo, nós fazemos a notificação. Só que nós não temos como obrigá-lo a fazer a reparação, se ele não quiser. Aí, o consumidor pega toda essa documentação que nós já temos e ele entra no juizado especial para ter o ressarcimento, se nós não conseguirmos que esse acordo seja feito ali no PROCON. Então, é feito, inclusive, audiências para que seja resolvido o problema. E é de interesse ou deveria ser de interesse do fornecedor, porque, a partir de agora, nós vamos começar a divulgar o fornecedor que tem sido reincidente ou tem apresentado problemas junto ao PROCON e que não tem resolvido a situação.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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