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07 de dezembro de 2025

Defesa de Cris Lauer aponta falhas em processo contra vereadora


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 20/08/2025 às 09h55
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A Comissão Processante da Câmara de Maringá, que apura denúncia contra a vereadora Cris Lauer (Novo) entra na reta final. A defesa se manifestou sobre o processo que considera perseguição política.

Na semana que vem o relator, vereador Sidnei Telles deve entregar o relatório final sobre o caso. 

A comissão foi instaurada após denúncia de um cidadão que pede a cassação do mandato da vereadora por ela ter sido condenada por improbidade administrativa. A condenação se deu porque a vereadora utilizou os serviços de um assessor parlamentar, seu ex-chefe de gabinete, que é advogado e a defendeu em processos particulares. O Judiciário, no entanto, não determinou a perda da função pública e nem dos direitos políticos, apenas o pagamento de multa.

O advogado de defesa de Cris Lauer, Leandro Rosa, apontou falhas no processo da CP. “Nós entendemos que ficou claro que a denúncia contém vícios processuais insuperáveis, pois foi elaborada com base em fatos falsos, o que chegou a ser reconhecido em sessão pelo relator da Comissão Processante, vereador Sidnei Telles. Além disso, a acusação de que a vereadora teria utilizado os trabalhos de uma pessoa lotada em seu gabinete, trata-se de uma prática comum nesta Casa. Vários servidores de outros gabinetes já confessaram que, inclusive em períodos eleitorais, colaboram voluntariamente fora do expediente, sem remuneração, apoiando os vereadores. Foi exatamente isso que ocorreu no caso da vereadora Cris Lauer”, afirma. 

Para a defesa, a cassação da vereadora que mais recebeu votos na história da Câmara de Maringá, é de interesse de adversários políticos. “O fato é que a prova utilizada pelos vereadores, que são adversários políticos da Cris, é um áudio que não tem validade, pois não se sabe sua origem, não foi periciado e pode ter sido manipulado ou alterado. Portanto, não é possível que uma condenação seja baseada nele”, afirma. 

Sobre a suspeição, o vereador Sidnei Telles disse que se declarou impedido, mas como o seu nome foi escolhido por sorteio e o jurídico da Casa não viu problema, ele assumiu a relatoria. “Agora nós temos que apresentar o relato. Ela contratou o funcionário para trabalhar particularmente para ela, recebendo dinheiro da câmara. Agora, se isso é um fato para cassação ou não, é o que o relatório vai apontar, mas os vereadores é que vão decidir por votação de dois terços para que a cassação aconteça ou não”, diz. 

O vereador prepara o relatório final. É preciso dois terços dos votos para aprovar a cassação. O prazo final da comissão é 25 de agosto, segunda-feira.

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