31 de março de 2025

Defesa de maringaense condenado pelo STF a 14 anos de prisão por participação nos atos de 8 de janeiro recorre de sentença


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 27/03/2025 às 14h48
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O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a 14 anos de prisão, por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o empresário maringaense Antônio Teodoro de Moraes, conhecido como Tony, de 74 anos. A defesa dele, no entanto, recorreu da setença.

maringaense stf
Foto: Reprodução

Tony está preso na Penitenciária Estadual de Maringá e não teve o direito de recorrer em liberdade porque o STF entendeu que havia risco de fuga. Segundon a defesa, o maringaense enfrenta problemas de saúde que limitam a mobilidade dele.

Além disso, antes de ser preso, o empresário era o cuidador da mãe, uma idosa de 92 anos. O advogado criminalista Bruno Brandão, que defende Antônio, explica que o cliente foi a Brasília em 2023 com o objetivo de conhecer o Distrito Federal e não para participar de protestos.

“Ele é um cidadão bastante conhecido em Maringá. Hoje, é um senhor de 74 anos que cuida da mãe de 92 anos. Ele se envolveu nessa situação, na situação da operação Lesa Pátriam dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. E qual foi a participação dele? O que a gente apurou dentro do processo, desde o primeiro momento em que tivemos contato e com a carta que, após sua condenação, ele escreveu endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, narrando a sua participação. Ele foi para Brasília no dia 7 e chegou no dia 8. Participou de uma missa em frente ao Tiro de Guerra em Maringá e foi convidado para ir até Brasília. Como é aposentado, queria viajar e não conhecia a capital, então resolveu ir para lá. Ele relata que não conhecia ninguém nessa viagem, nesse ônibus”.

Ainda de acordo com a defesa, Tony não participou ativamente do ato. “Chegando lá, o pessoal já tinha ido para a Praça dos Três Poderes. Quando Tony chegou, ele permaneceu em pé em frente ao Supremo Tribunal Federal, observando o que estava acontecendo. Essa foi a participação dele. Ele se envolveu nesse processo através de um vídeo. Várias pessoas filmaram no dia, postaram na internet, e a Polícia Federal identificou uma dessas postagens: um vídeo de 10 segundos em que ele aparece em frente ao Supremo. Ele não entrou, não quebrou nada, não teve participação ativa”, completou.

A defesa já apresentou o primeiro recurso ao STF e tenta também a liberdade provisória de Antônio durante o prazo recursal.

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