Em 2006, em sua campanha pela reeleição, o governador Roberto Requião enfrentou 10 adversários, mas a disputa principal ocorreu com a candidatura do senador Osmar Dias, inscrito pelo PDT. Em certa medida, repetia-se a polarização de quatro anos antes, mas com a substituição do senador Álvaro Dias por seu irmão, Osmar Dias, titular de dois mandatos no senado, que disputava o governo estadual pela primeira vez.
Entre os demais candidatos, os que tiveram melhor pontuação foram o ex-deputado federal Rubens Bueno (PPS), que finalizou com 8,07%, ocupando a quarta colocação, e o senador Flávio Arns, do PT, que obteve 9,35% dos votos e se posicionou em terceiro lugar.
Contrariando as expectativas geradas pelas primeiras pesquisas, que permitiam prognosticar a reeleição do governador sem sobressaltos, a campanha se tornou acirrada no primeiro e no segundo turnos.
No final do primeiro turno, Osmar Dias totalizou 38,6% dos votos, pouco atrás de Roberto Requião, que liderou o certame com 42,81%.
No segundo turno, com o realinhamento das forças, a disputa foi ainda mais acirrada. Requião foi o vencedor com vantagem de apenas 10.479 votos, em um universo de 5.326.743 votos válidos. Proporcionalmente, Requião obteve 50,1%, enquanto Osmar Dias finalizou com 49,9%.
Ao que tudo indica, a aliança de segundo turno com o PT se mostrou decisiva novamente, especialmente porque a bem-sucedida campanha de reeleição de Lula ocorria simultaneamente.
Embora Requião tivesse defendido, na fase pré-eleitoral, que seu partido tivesse candidato próprio à presidência da República, ele mantinha proximidade com o PT desde, pelo menos, 1998, quando os dois partidos compuseram uma coligação. Em 2002, após o apoio a Requião no segundo turno, o PT assumiu responsabilidades no primeiro escalão do governo estadual.
Em 2006, superado o primeiro turno, quando as duas legendas tiveram candidatos próprios ao Palácio do Iguaçu, abriu-se o entendimento para uma aliança no turno decisivo. De resto, o PMDB nacional apoiava a reeleição de Lula.
No certame ao senado, Álvaro Dias foi reconduzido a um novo mandato. A segunda colocada foi a candidata Gleisi Hoffman, do PT.
Requião tornou-se o primeiro político na história do Paraná a ser eleito para três mandatos de governador Em seu discurso de posse, disse o governador Requião: “De todas as disputas, desde que fui eleito deputado em 1982, esta foi a mais difícil de todas. Não acredito que, ao longo da nossa história republicana, tenha havido no Paraná um pleito tão renhido quanto este”