Em 2010, a sucessão do governador Roberto Requião foi disputada por sete pretendentes, mas houve polarização, desde o início, entre os candidatos Beto Richa e Osmar Dias, com resultado tendente a ser definido já no primeiro turno. A soma dos votos dos outros cinco postulantes não atingiu 2% do total.
Filho do ex-governador José Richa, Beto Richa vinha pavimentando seu caminho na política paranaense desde 1994, quando foi eleito deputado estadual. Reeleito em 1998 à Assembleia Legislativa, foi eleito vice-prefeito de Curitiba em 2000. Em 2004, subindo mais um degrau, foi eleito prefeito de Curitiba. Em 2008, foi reeleito, já no primeiro turno, com 77% dos votos. Daí em diante, preparou-se para concorrer ao governo estadual. Em 2010, na metade de seu segundo mandato como prefeito, desincompatibilizou-se do cargo para ser candidato a governador. Filiado ao PSDB, foi apoiado por uma ampla coligação, que incorporava, entre as grandes legendas, DEM, PP, PPS, PTB e PSB.
Em razão do excelente desempenho da campanha anterior, o Senador Osmar Dias, então filiado ao PDT, foi convocado, mais uma vez, a concorrer ao governo estadual, em vez de disputar uma provável recondução tranquila ao senado. Por causa de seus vínculos com o agronegócio, a surpresa nesse certame foi a aliança de Osmar Dias com o PT, em uma articulação coordenada pelo ministro Paulo Bernardo, que foi reforçada por um apelo direto do presidente Luís Inácio Lula da Silva. A aliança ainda incorporou o PMDB, partido do governador Requião em fim de mandato, que havia sido o adversário de Osmar Dias quatro anos antes.
Segundo notícias veiculadas no portal Universo Online, “o provável vencedor das eleições no Estado era uma incógnita até a contagem final dos votos, diante da impugnação de pelo menos dez pesquisas de intenção de voto nas duas últimas semanas de campanha, algumas delas solicitadas pelo próprio PSDB”. Quando as urnas foram escrutinadas, Osmar Dias totalizou 45,63%. Beto Richa finalizou com 52,44%, tornando-se governador do Paraná.
O certame ao senado foi mais disputado, com a inscrição de alguns candidatos competitivos: Ricardo Barros (PP), Gustavo Fruet (PSDB), Gleisi Hoffman (PT) e Roberto Requião (PMDB), que havia se desincompatibilizado do cargo de governador para essa nova disputa. Gleisi Hoffman e Roberto Requião foram eleitos para as duas cadeiras em disputa.
Desta forma, uma coligação comemorou a conquista do Palácio do Iguaçu e a outra a conquista das duas cadeiras no senado da República.
