A partir do ano que vem, a Câmara de Maringá passa a ter 23 representantes eleitos, oito a mais do que na atual legislatura. Dos escolhidos nas urnas neste domingo, 6, cinco são mulheres, o que representa 21% da composição total.
A vereadora Cris Lauer foi a mais votada nas eleições para a Câmara e conseguiu um número recorde de votos: 7.531. Às vésperas da eleição, a vereadora precisou recorrer à Justiça Eleitoral para suspender um julgamento que poderia cassar os direitos políticos dela, o que, segundo o analista político Adriano Marquioto, pode ter interferido para a votação ser tão expressiva.
“Ela pertence a um movimento ideológico predominante na cidade e ela lidera esse movimento de muita semelhança e aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Então a gente já estimava que ela pudesse ser reeleita, com uma votação expressiva. O que estamos tentando medir ainda é o quanto esse processo de cassação que a Câmara moveu contra ela nesses últimos meses contribuiu a ponto dela ser a mais votada, em termos numéricos, da história”, diz.
Além de mais feminina, a próxima legislatura vai ser pluripartidária. “Dos 29 partidos que temos no Brasil, 20 estavam participando das eleições para a Câmara, e desses, 11 conseguiram eleger ao menos um vereador. Isso é muito bom para a democracia”, explica Marquioto. O próximo prefeito terá seis vereadores do mesmo partido (PP) e, na sequência vem o PDT, com três cadeiras. Os demais ficaram com duas ou uma cadeira no legislativo.
O número de vereadores reeleitos foi expressivo considerando-se que nem todos os atuais parlamentares concorreram. O vereador Alex Chaves conseguiu um bom número de votos, mas o desempenho do partido não ajudou. “Dos 15 que ocupam cadeiras hoje na Câmara, dez concorreram e oito foram reeleitos. Dos dois reeleitos, um deles, o vereador Onivaldo Barris, pertence ao PP, que é o partido de maior bancada e todos sabíamos que seria uma disputa muito acirrada com vários postulantes buscando uma primeira suplência. Já o Alex Chaves ficou em um partido que não elegeu ninguém. Foi uma questão de composição partidária, de não conseguir trazer mais gente para o partido que desse condição para o MDB ter uma cadeira que seria ocupada, certamente, pelo Alex Chaves, que teve votos suficientes para ocupar uma cadeira. Inclusive mais do que alguns dos eleitos”, esclarece o analista político.
E chama a atenção a volta de ex-vereadores, como Odair Fogueteiro e William Gentil, além de Jeremias, que foi vereador no início dos anos 2000. No total, 12 dos vereadores eleitos já ocuparam uma cadeira da Câmara em algum momento e 11 terão seus primeiros mandatos.
Veja quem são os 23 vereadores eleitos de Maringá
Nesse domingo, 6, nas eleições 2024, 300.290 eleitores estiveram aptos a votar em Maringá e escolher, além do prefeito, também os 23 vereadores que vão compor a 18ª legislatura da Câmara Municipal. Veja quem são os vereadores eleitos de Maringá: