2012: a vitória de Carlos Roberto Pupin


Por Reginaldo Dias
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Foto: Prefeitura de Maringá

Olá, pessoal, hoje o túnel do tempo nos leva à eleição de 2012, concluída com a vitória do candidato Carlos Roberto Pupin (PP).

Em 2012, o prefeito Silvio Barros concluía seu segundo mandato com elevada aprovação e disposto a arregaçar as mangas para eleger Carlos Roberto Pupin, seu vice-prefeito nos dois mandatos, como seu sucessor.

Os candidatos que se inscreveram para deter o projeto governista foram Ênio Verri (PT), Wilson Quinteiro (PSB), Dr. Batista (PMN), Maria Iraclézia (DEM), Hércules Ananias (PSDC) e Debora Paiva (PSOL). A cidade viveria, contudo, uma disputa polarizada entre Pupin e Ênio Verri.

Era a terceira eleição em que os dois grupos políticos disputavam as duas primeiras posições.
Contando com o lastro da eleição anterior, Ênio Verri largou na frente, mas Pupin equilibrou o jogo no início do horário eleitoral gratuito.

Surgiu, porém, um tema que extrapolava o debate político. A coligação liderada por Ênio Verri arguiu juridicamente que Carlos Roberto Pupin era inelegível. Argumentavam que, pelo fato de Pupin ter substituído o prefeito Silvio Barros nos dois mandatos, nos seis meses que antecediam a eleição, isso o tornava inelegível, pois a sua candidatura seria a postulação de um terceiro mandato como prefeito.

O juiz de primeira instância deu ganho de causa a Pupin, mas o recurso impetrado pelo candidato petista teve provimento na segunda instância, no T.R.E. O tribunal regional considerou a candidatura de Pupin inelegível. Ato contínuo, Pupin impetrou recurso no TSE, mas a pendência judicial fragilizou a sua campanha. De modo que, ainda em um quadro de relativo equilíbrio, Ênio Verri entrou na última semana liderando as pesquisas e as projeções de segundo turno.

Na quinta-feira que antecedia a eleição, porém, o ministro Marco Aurélio Melo, relator da matéria no TSE, emitiu voto favorável a Pupin. Embora a matéria ainda devesse ser submetida ao colegiado da corte, essa decisão monocrática ensejou uma onda azul, levando Pupin a concluir o primeiro turno na liderança, com 42% dos votos, enquanto Ênio Verri obteve 35%.

No segundo turno, embora houvesse a pendência judicial, não houve mudança de tendência. Sustentado no voto do ministro/relator, nos indicadores do governo municipal e no apoio de quatro dos demais candidatos que não se cacifaram ao segundo turno, Pupin canalizou o desejo de continuidade administrativa e marchou para a vitória, obtendo 53% dos votos válidos.

Diplomado e empossado ao lado de seu vice, o professor Cláudio Ferdinandi, Pupin ainda aguardou até outubro de 2013 a conclusão do julgamento, quando o TSE deu provimento ao seu recurso e a demanda judicial foi encerrada.

Carlos Roberto Pupin se tornou o primeiro vice-prefeito a ser eleito ao cargo principal no final de seu mandato.

O grupo político liderado pelos irmãos Ricardo e Silvio Barros e pelo prefeito Pupin estabeleceu um ciclo de 12 anos no comando da administração municipal, uma marca inédita em nossa história.

Ouça o episódio:

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