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22 de novembro de 2024

 2016: a vitória de Ulisses Maia


Por Reginaldo Dias Publicado 30/09/2024 às 09h35
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Foto: Prefeitura de Maringá

Olá, pessoal, nossa máquina do tempo chega a 2016. Hoje vamos narrar como ocorreu a eleição que conduziu o atual prefeito de Maringá, o advogado Ulisses Maia, a conquistar o seu primeiro mandato como Chefe do Executivo Municipal.

Em 2016, novamente candidato pelo PP, o ex-prefeito Silvio Barros se apresentou para a sucessão do prefeito Carlos Roberto Pupin, seu aliado e ex-vice-prefeito, contando com o suporte do mais sólido grupo político da história do município, que havia constituído um ciclo de 12 anos à frente da prefeitura. Acima de tudo, Silvio Barros, um dos prefeitos mais bem-sucedidos da história local, contava com seu próprio prestígio pessoal e com alta taxa de intenção de votos. Era visto como franco favorito, com potencial de liquidar a fatura já no primeiro turno. Mas não foi isso o que aconteceu.

Para interromper esse ciclo de poder, inscreveram-se os seguintes candidatos: Wilson Quinteiro (PSB), Ulisses Maia (PDT), Humberto Henrique (PT), Flavio Vicente (Rede), Nilson Américo (PSOL), Priscila Guedes (PSTU) e Herculano Ferreira (PT do B).

Nas três eleições anteriores, o PP havia duelado e vencido as disputas com o PT. Em 2016, apesar da credibilidade do vereador Humberto Henrique, o PT vinha fragilizado por causa da crise política que atingiu o governo federal e sem força para fazer frente ao tradicional adversário em Maringá.

Na dinâmica da campanha, a disputa por uma vaga em um eventual segundo turno se concentrou nos candidatos Wilson Quinteiro, terceiro colocado nas duas últimas eleições, e Ulisses Maia.

Embora houvesse integrado o grupo político do Partido Progressista e houvesse sido eleito vereador por essa legenda, ao longo do mandato na Câmara Municipal, Ulisses Maia começou um voo próprio para ser candidato a prefeito. Na presidência da Câmara, havia bancado a aprovação do vale-alimentação aos servidores municipais e liderado a quebra do veto do prefeito Pupin à promulgação dessa matéria.

Na reta final, contando com o presumido apoio do funcionalismo público e com as suas boas performances nos debates entre os candidatos, Ulisses Maia se desgarrou e chegou ao final do primeiro turno com viés de alta, obtendo 28% dos votos, contra 21% de Quinteiro. Como previsto, a liderança coube a Silvio Barros, que fechou o turno com 40% dos votos válidos.

Apesar de Silvio Barros fechar o primeiro turno com vantagem significativa, a curva de crescimento de Ulisses Maia o levou ao primeiro lugar na intenção de votos já no início do segundo turno. O sintoma mais claro de sua vantagem foi o tom forte da campanha adversária. Acostumada a enfrentar e ter vantagem na disputa com o PT nos três certames anteriores e aproveitando o desgaste nacional dessa legenda, a campanha do Partido Progressista tentou, insistentemente, vincular Ulisses Maia ao PT, mas não deu certo.

Na prática, durante o primeiro e o segundo turnos, a campanha do PP se manteve na mesma margem de votos, cerca de 40% do eleitorado. Salvo melhor juízo, o longo ciclo de poder havia entrado em fase de exaustão, inspirando o desejo de mudança no eleitorado. Ulisses Maia canalizou esse desejo e atraiu 91% dos votos agregados aos candidatos no segundo turno. No final, Ulisses Maia, acompanhado de seu vice, o professor Edson Scabora, foi eleito com 59% dos votos válidos.  

Ouça o episódio:

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