Como dissemos no programa anterior, a eleição de 2020 foi regida pela interdição das coligações partidárias ao cargo de vereador. Embora fosse possível lançar chapa própria para vereadores e fazer coligação para prefeito, alguns partidos avaliaram que o lançamento da chapa própria completa era o melhor caminho para viabilizar a eleição de seus vereadores. Com isso, houve multiplicação de candidaturas a prefeito. Essa talvez não fosse a única tática possível, mas funcionou para algumas legendas.
Cotejando os dois níveis da eleição municipal, constata-se que sete dos 13 candidatos a prefeito ancoraram a conquista de mandatos na Câmara Municipal. Além de Ulisses Maia, o primeiro colocado, e Homero Marchese e Audilene Rocha, o segundo e a terceira colocada, também ancoraram a eleição de vereadores os candidatos a prefeito Carlos Mariucci, Akemi Nishimori, José Luis Bovo e Rogério Calazans, embora as suas chapas majoritárias tenham alcançado menos de 3% dos votos.
Depois do hiato de uma legislatura sem a presença feminina na titularidade de uma cadeira na Câmara, houve a eleição de duas vereadoras: Ana Lúcia Rodrigues e Cristiane Lauer.
Em 2020, foram reeleitos oito vereadores: Alex Chaves, Altamir Antônio dos Santos, Belino Bravin, Flavio Mantovani, Mario Hossokawa, Mario Verri, Onivaldo Barris e Sidnei Teles. Com 53% de permanência, foi o mais elevado índice de reeleição da história da Câmara Municipal.
O campeão de votos foi um vereador reeleito, o advogado Flávio Mantovani, que obteve 6.434 votos.
Ao longo de toda a legislatura, a presidência foi exercida pelo vereador Mário Hossokawa. Com essa novo exercício, Mário Hossokawa se tornou o vereador recordista no exercício da presidência, totalizando 12 anos, ou seja, três legislaturas completas.
Em 2020, o vereador Belino Bravin tornou-se o recordista no exercício de mandatos na Câmara Municipal. Tendo iniciado sua trajetória em 1992, conquistou seu oitavo mandato.
Com o programa de hoje, eu concluo a série História das eleições. Nós começamos explicando os vínculos institucionais do incipiente núcleo populacional e o processo da emancipação municipal. Depois disso, narrei a história de cada uma das 17 eleições à prefeitura e à câmara de vereadores de Maringá. Apresentei os homens e as mulheres que, por meio do voto popular, lideraram politicamente a construção do nosso município. Ao comparecermos às urnas, um capítulo novo começará a ser escrito por todos nós. Portanto, todos às urnas, pois domingo é dia de fazer história.
Sou grato pela audiência qualificada.
Ouça o episódio:
Baixe o livro “Da Arte de Votar e Ser Votado: As Eleições Municipais em Maringá