O resultado das urnas nesse domingo, 6, em Maringá foi praticamente o mesmo desenhado na última pesquisa eleitoral divulgada antes das eleições. No dia 30 de setembro, o levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado pelo Grupo Maringá de Comunicação (GMC), apontava vitória no primeiro turno do candidato Silvio Barros.
Na pesquisa estimulada, o ex-prefeito e agora prefeito eleito, tinha 58,6% dos votos. Considerando apenas os votos válidos, ou seja, retirando da conta os indecisos, brancos e nulos, o percentual subia para 66%. Nesse domingo, Silvio Barros foi eleito com 65,57%.
A metodologia de uma pesquisa eleitoral segue um rigor científico. O diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, explica que o número de entrevistados corresponde aos estratos da população da cidade.
“Por exemplo, se 52% são dos sexos femininos, 52% das entrevistas são com pessoas do sexo feminino, se 15% são com pessoas de 16 a 24 anos, 15% das entrevistas são feitas, e assim por localidade, por escolaridade.”, expõe Hidalgo.
É normal que os candidatos que estão atrás nas pesquisas critiquem os números apresentados. Foi o que ocorreu na pesquisa do dia 30, quando a CBN ouviu os concorrentes na disputa.
“E quanto à crítica que a gente recebe normalmente de quem está perdendo, isso faz parte do jogo, né? Infelizmente, faz parte do jogo. Porque é muito difícil para quem está perdendo dizer, olha, realmente eu vou perder, a pesquisa está certa”, diz o diretor.
Segundo Hidalgo, as pesquisas eleitorais influenciam o voto do eleitor, mas é impossível dizer se ajudam ou prejudicam qualquer candidato.
“A pesquisa hoje influencia porque no final tem voto útil. Por exemplo, Maringá poderia ter o voto útil para terminar a eleição no primeiro turno ou poderia ter o voto útil para não terminar. Então ela nunca ajuda nem atrapalha. Ela simplesmente tem uma influência, mas é muito difícil dizer se ela vai ajudar ou atrapalhar um candidato.”, argumenta Murilo Hidalgo.
E será que as pesquisas são importantes no processo eleitoral?
“Você consegue ver uma eleição sem pesquisa? A pesquisa é que dá vida, a pesquisa é que dá o tom da campanha. Quando se divulga uma pesquisa, no dia seguinte o candidato que está ganhando tende a ser mais paz e amor e os candidatos que estão perdendo tendem a ser mais ácidos. Não dá pra imaginar como seria uma eleição sem pesquisa. A gente fica muito feliz de ter acertado novamente e esperamos manter essa parceria com a CBN Maringa”, conclui Hidalgo.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.